quarta-feira, fevereiro 03, 2016

Má sorte



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Ao longo da minha vida já aturei miúdos birrentos; mulheres caprichosas; estradas escorregadias e pontes perigosas; feras traiçoeiras; mares bravios e temerosos; carros “subviradores”; climas agrestes; migrações forçadas; dificuldades económicas; doenças ameaçadoras; acidentes de viação. E outras situações que requeriam paciência, perseverança e força de vontade. Na maioria dos casos que referi, porém, a vítima potencial era eu ou, em casos mais graves, a minha família também. Mas fui-me saindo bem.

Mas ter de suportar uma criatura manhosa e traiçoeira que, por desígnios que acho que «vejo mas não vislumbro» (como diria o eloquente Rogério Alves nos seus comentários desportivos), não só me ameaça a mim como o destino de muitos milhões de portugueses é uma missão tão espinhosa como inesperada. A. Costa está de cabeça perdida e conduz este país para um beco sem saída. Provavelmente, seremos recuperados, quando a poeira assentar mas à custa de imensuráveis sacrifícios e da perda definitiva do prestígio e credibilidade que, entretanto vínhamos honrosamente recuperando.

Tenho uma vaga esperança de que haja ainda tempo para soprar uma aura de bom senso que induza este homem a parar e pensar e achincalha-me bastante ser um comissário europeu que se permite isso mesmo – aconselhar-nos bom senso. Mas também receio que ferva nesta gente que nos caiu em sorte num governo não eleito, uma mistura estranha de ódio, incompetência e loucura que nos há-de levar a um fim trágico. Já que não podemos pensar que o facto de termos quase mil anos de história acaba por nos resolver tudo. E se isso acontecer, em nome dos meus filhos, netos e (se lá chegarmos…) bisnetos, nunca perdoarei esta estranha personagem.


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2 Comments:

At 2:15 da tarde, Blogger Unknown disse...

Concordo em absoluto...Abraço

 
At 8:55 da tarde, Blogger Isabel Mouzinho disse...

Eu também concordo em absoluto, Nelson. É assustadoramente trágico...

 

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