domingo, junho 28, 2015

Dever de cidadania


[5258]

Considero um dever de cidadania contribuir para que as vacuidades e a irresponsabilidade de A. Costa não prossigam a sua habitual prerrogativa de ziguezaguear por entre os pingos de chuva, sem se molharem. Mesmo que ajudadas pela cumplicidade ou abulia de uma comunicação social prestamista, sempre disponível para omitir ou branquear os dislates de um homem que muito possivelmente poderá a vir a ser primeiro-ministro.

Recordar as inanidades de Costa não tem, mas não tem mesmo, a ver com qualquer posicionamento partidário, mas tão só com o dever de as expormos para que não nos submetamos a um destino trágico como o da Grécia. Os portugueses deviam estar cansados dos consulados socialistas que ciclicamente nos conduzem a resgates, pobreza acrescida e a uma deplorável atmosfera de nepotismo e de gordas trafulhices que acabamos todos por pagar, ao mesmo tempo que somos literalmente agredidos por um tratamento em que somos inapelavelmente tomados por parvos.

Não é possível que voltemos a dar o poder a um homem  que afirma, alto e bom som, que «…a vitória do Syriza é um sinal de mudança que dá força para seguir a mesma linha…». Ou Costa não tem a mínima noção da realidade, ou está inapelavelmente obnubilado pelas névoas do alvor das manhãs que cantam que nunca mais chegam e não consegue raciocinar como as pessoas ou, ainda, peado por uma floresta de interesses e pressões de que não consegue libertar-se. Seja pela razão que for, eu tenho medo deste homem como primeiro-ministro. E por isso quero deixar aqui o meu testemunho. E a comunicação social devia cumprir igualmente as suas funções e atribuições e deixar de uma vez por todas de trazer o PS ao «colinho», para usar uma expressão futebolística.

Ainda assim, resta-me alguma confiança de que tirando o grupinho de comentadores e pivôs da Sic, a apopléctica Constança e um bem definido grupo de utilizadores do FB, o resto dos portugueses está razoavelmente informado sobre o tremendo embuste que se tem vindo  a esboçar para as eleições legislativas que se avizinham.


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segunda-feira, junho 22, 2015

Parabéns


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Oi Pai. Hoje farias anos. 94, uma idade bonita que poderias ter atingido não fossem os Camel e o stress que te toldavam a paciência e entupiam as veias de que precisavas para que o sangue te irrigasse convenientemente o coração.

A mãe já partiu, está quase a fazer um ano, já deves ter dado por isso, nessa vida «outra» em que nem tu nem eu acreditamos mas que dá jeito aceitar quando queremos pensar que é bonito a família se ir mantendo reunida, já que na vida «esta» nem sempre nos lembramos uns dos outros. E sabe bem acreditar que agora tens, de novo, quem te faça o chazinho, te recorde onde deixaste as chaves do carro e resmungue de vez em quando.

Por cá, pela vida terrena, as coisas vão cada vez mais na mesma. Ia a dizer pior mas quando penso no assunto acho que não está pior. Está como teria sempre de estar. Porque à medida que tenho crescido (o teu rapaz, eu, tenho crescido, sim) vou percebendo que a vida assenta numa dinâmica muito própria, numa girândola quiçá criada pelo deus em que nem tu nem eu acreditamos mas que dá jeito invocar de cada vez que não sabemos explicar algumas coisas. Mas que o absurdo tem tido lugar de bancada central, tem. Acontecem coisas que se tivesses a prerrogativa de optar pela ressurreição provavelmente a denegarias, mantendo-te no conforto e no sossego da alma.

Assim, muito pela rama, digo-te apenas que o Sócrates está (finalmente) preso, O Guterres anda pelo mundo de mão dada com a Angelina Jolie a dizer que o mundo está perigoso, na Europa vemo-nos gregos com os gregos, ainda há comunistas em Portugal, o PS continua na senda das suas atribuições escatológicas, o Mário Soares perdeu o resto da vergonha, as televisões tornaram-se impossíveis de seguir, a Internet tornou-se uma ferramenta indispensável, tivemos de pedir um resgate de novo (coisas de socialistas, tu bem dizias…), o Saramago morreu mas continua a publicar, o futebol está na mesma (o Eusébio morreu, é verdade), o Bush invadiu o Iraque depois de uns lunáticos perigosos deitarem as torres do World Trade Center abaixo, os americanos elegeram um presidente negro que recebeu logo um prémio Nobel, o novo Papa farta-se de ralhar com os europeus porque deviam ter vergonha de não saberem receber bem as centenas de milhar de refugiados que agora deram em atravessar o Mediterrâneo até Lampedusa, Cuba ainda existe como a conheceste e agora têm a Venezuela e a Bolívia a bater palmas (e uma tal de Dilma, brasileira, que já não é do teu tempo), enfim, nada que te espantasse muito, se ainda por cá andasses.

A família está bem. Não te digo o que faz nem por onde anda porque cada um dos nossos anjos da guarda te deve fazer relatórios periódicos. Toma cuidado com os relatórios que receberes de mim porque podem estar tendenciosos ou muito críticos, pela simples razão de que continuo a fazer algumas asneiras, mas sempre com aquele espírito que me ensinaste a cultivar e do qual não abdico, tomando-o como a mais rica herança que me poderias ter deixado. E o importante é saberes que sou, SEMPRE, um homem feliz.

Mas tenho saudade de ti, muita saudade. Logo à noite sou bem capaz de jantar sozinho, mas tenho ali um resto de uma garrafa de espumante que não te digo de onde trouxe porque o meu anjo da guarda deve ter-to dito. E vou beber um trago. Por ti, Pai. Parabéns. E envio uma mensagem dizendo, «Para ti, Pai, do Teu Rapaz».

A FOTO: A foto é de um dos teus recantos favoritos. Clica nela para veres grande. Onde nos levaste, algumas vezes a fazer campismo selvagem. Lá está o Poio do Judeu (nunca me conseguiste explicar a origem do nome), o Espinhaço do Cão e os Cântaros. Há muito poucos dias passei aqui e, finalmente com sol, pude referir pela enésima vez: - aqui, na Nave de Santo António, costumávamos acampar, uma vez o meu pai tirou uma foto a uma cabra a correr e pôs uma legenda dizendo «e nunca mais a vimos», lá em cima é o Poio do Judeu, subíamos o Espinhaço do Cão muitas vezes a pé e a montanha do meio é o Cântaro Magro que o meu pai escalou com a minha mãe… uma ladainha que só pára quando oiço: -Ui, já me contaste essa história mil vezes!

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sexta-feira, junho 19, 2015

Dos senhores Baetas ou das águas «sobreterrâneas»


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Chego a casa e ligo a TV. Apanho de imediato um tal Sr. Baeta dizendo que o pessoal da TAP (coisa vaga, pessoal, qual?) vai fazer uma demonstração no dia 24. Porquê? Porque os trabalhadores não foram ouvidos nem achados na estratégia e na gestão da empresa e porque não concordam com a privatização. E mais, que até à finalização do processo de privatização muita água vai correr sob(re) o rio (eu seja ceguinho).

Tenho de admitir que uma das coisas em que o socialismo terá tido mais sucesso foi terem conseguido convencer os trabalhadores de que têm um papel preponderante na gestão e estratégias das empresas. Claro que nunca nenhum Sr. Baeta se deu ao trabalho de tentar conhecer exemplos de países socialistas, actuais ou extintos, onde os trabalhadores tivessem voz activa. De vez em quando aparecia um ou outro com umas ideias, pelo menos enquanto não era mandado para um Gulag qualquer ou arrebanhado (como era mais frequente em África, e arrebanhado é o termo correcto), para um campo de reeducação. Onde eram silenciados ou reeducados no sentido de se deixarem de ideias de participarem em estratégias e gestões.

Para o bem do socialismo todos os senhores Baetas vão fazendo conspícuas aparições nos meios de comunicação social, sem perceberem o papel de idiotas úteis que lhes cabe. Deviam dar graças a Deus por viverem em regimes de liberdade que lhes permitem acreditar no seu papel de estrategas e gestores.


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terça-feira, junho 16, 2015

Rambos perigosos tomando conta das criancinhas


[5255]

Como se esperava, esta notícia tem espoletado uma corrente de comentários destinados a dar cada vez mais razão a Umberto Eco sobre o colégio de idiotas que se instalou nas redes sociais. Se não bastasse a origem da notícia (JN) bastaria lê-la com mais ourelo para perceber o aproveitamento tentado de militares na reserva, provavelmente até desempregados, em funções de préstimo. Mas não. Havia que empolar a coisa ao ponto de imaginarmos uma espécie de rambos, de fita vermelha na cabeça, camisa esgargalada, colares de munições ao pescoço, metralhadora numa mão e uma porção de granadas na outra, um facão à cintura e botas tintas do sangue de vítimas anteriores, tomando conta das criancinhas, uma vez mais agredidas na sua formação cívica e moral. 

O que vale é haver por aí umas «câmaras de Portalegre» que se vão encarregando de ministrar aos juvenis formas adequadas e nobres de defesa dos polícias, que poderão ser aproveitadas para se defenderem agora destes perigosos legionários «de botas cardadas», mesmo que puídas pelo peso da barriga de muitos anos de minis e tremoços.

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segunda-feira, junho 15, 2015

As sereias de Ulisses eram socialistas?


[5254]

È preciso não confundir as coisas e, sobretudo, não nos deixarmos afogar em considerandos técnicos do domínio da economia. É preciso não resvalar para a ideia fácil de que um punhado de aventureiros levou a Grécia para a desgraça. Quem realmente aproximou os gregos do abismo foram, como de costume, os socialistas com as suas tiradas e medidas infantis, em nome de uma ideologia que nem eles próprios sabem qual é. Qualquer coisa abastardada de um comunismo definhado e estéril, com efeito residual nos chamados socialistas democráticos, herdada do romantismo da faculdade, do Maio inebriante da Paris soixante-huitard ou cristalizada no sistema amorfo da idiotia. Foram os socialistas que conduziram a Grécia para uma situação sem retorno com as suas infantilidades habituais, mais o inevitável nepotismo, compadrio, venalidade e, em cima de tudo, uma total irresponsabilidade sobre as inevitáveis consequências que se abateriam sobre os eleitores, aqueles que de boa fé, vão dando o seu voto apoiado nas cantatas e promessas das campanhas eleitorais.

Os gregos tiveram ainda o azar de enveredarem, objectivamente, pelo voto num partido de aventureiros sem escrúpulos. Sentindo-se à beira do abismo, não cuidaram de tentar perceber como chegaram até ali, mas sim avalizar quem prometia salvá-los da queda. E foi o que se viu. Mais dia menos dia vem aí a verdadeira tragédia. Porque aqueles a quem foi dado o voto da salvação, mais nada saberão fazer que dar o último empurrão para o abismo. Quiçá convencidos que o bluff e a atitude espúria de uma arrogância própria deste tipo de aventureiros lhes traria os louros da vitória.

Que ao menos esta situação sirva para iluminar aqueles que se acham, eles sim, iluminados. Desde os que em algazarra patética, como o já impossível António Costa, se regozijaram com o Syriza até aos que, diligentemente, puxam dos galões e se atiram a exercícios de verdadeiro malabarismo para explicar e justificar a teoria de quanto pior melhor. Mas não ver ser fácil. Que isto da idiotia dos socialistas é um bocado como o imaginativo slogan de Pessoa à Coca-Cola, «primeiro estranha-se, depois entranha-se».

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sexta-feira, junho 12, 2015

Eu acho que um mês ainda é de mais



[5253]

Somos um povo com algumas limitações. Questões geográficas, de parentesco, de ascendência, na volta somos poucos e somos todos primos ao fim de cerca de oito séculos, enfim, um encadeamento de circunstâncias que nos conduziram a uma situação de case study de muitos sábios e cientistas, sendo que nenhum deles verdadeiramente conseguiu perceber-nos. Parece que a coisa vem de longe, é velha a ideia de «lá longe, na península, há um povo que nem se governa nem se deixa governar». Mas, que diabo. O tempo correu, houve avanços, há a internet, o progresso, a tecnologia, aviões low cost, alguns bons exemplos, há mesmo um razoável índice de coesão com gente mais escovada. Eu sei que temos um Partido político sui generis, também do tipo que nem governa nem deixa governar mas, francamente, saber que existe um Jorge Ascensão saído de trás de um penedo e que ascende (fazendo jus ao nome) a presidente de uma Confederação Nacional de Associações de Pais (Confap), que é uma coisa que só serve para atrapalhar e de alternativa a quem não consegue ser administrador dos condóminos, um Jorge Ascensão, repito para retomar o fio da meada, que acha que os miúdos só devem ter um mês de férias no Verão leva-me a ponderar sobre a categoria em que devo rotular esta gente. Se patéticos, se meramente palermas militantes que vêm ao mundo para chatear quem está. Atente-se nesta pérola do Ascensão:

"Começo a recear que as escolas tenham mais pausas do que aulas. Toda a gente se queixa de que os programas são extensos e os alunos não têm tempo para aprender e tirar dúvidas. É preciso tempo", disse à Lusa Jorge Ascensão.
Além disso, considerou que a recomendação do CE "é redutora, tendo em conta tudo o que é preciso mudar" no ensino e que é necessária uma "revolução na educação".
A Confap entende que é preciso repensar o tempo em sala de aula e a forma de ensinar: "As aulas podem começar logo em setembro mas é preciso haver mudanças. Podem estar na escola sem atividade letiva, sem estar a estudar o programa curricular. Os miúdos precisam de respirar a escola sem ser dentro das paredes da sala de aula. Tem de haver um envolvimento com a biblioteca e com os espaços exteriores".
O Português pode aprender-se através do teatro, a História com visitas a zonas históricas ou o Inglês através de "Semanas da Língua" promovidas pela escola, exemplificou.
"A Educação não acompanhou as mudanças do 25 de Abril. Houve uma revolução na sociedade mas não na escola, que continua centrada na sala de aula, no quadro preto do professor e nas secretárias alinhadas", criticou o representante dos pais.
Jorge Ascensão lamentou que o Conselho das Escolas, um órgão consultivo do Ministério da Educação, "não consiga pensar fora da caixa" e continue a apresentar "pequenas medidas que não se traduzem em grandes mudanças".
"Este órgão, que representa quem trabalha todos os dias nas escolas, tem de refletir de forma mais alargada a Educação. Mesmo sabendo que algumas das medidas não são exequíveis de imediato, temos de as pensar e apresentar", defendeu.

40 anos depois do 25 de Abril ainda há Ascensões…

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quinta-feira, junho 11, 2015

Não dá para entender


[5252]

Nós lemos este interrogatório a Sócrates e esfregamos os olhos. Nós ouvimos, com inusitada frequência, os insultos e impropérios que um advogado meio boçal lança a magistrados, juízes, MP e a tudo o que tenha a ver com a Justiça e estarrecemos com a impunidade com que estas afirmações se produzem, sobretudo quando nos lembramos da trapalhada que se gerou quando Sousa Tavares chamou palhaço a Cavaco Silva. Por fim, é de ficarmos atordoados com a procissão de especialistas nas TV´s que manejam os meandros e itinerários mais ou menos tortuosos da via processual dos tribunais para nos convencerem (e a eles próprios) da inocência de Sócrates e da forte possibilidade de uma articulada campanha para o castigar (não se sabe bem de quê, já que ele está inocente…) e, mais grave, manipular a campanha eleitoral em favor da coligação.

Esta situação fede e qualquer tribunal de qualquer país digno teria, de imediato, mandar calar Sócrates ao primeiro «pá» ou recambiado para uma cela por desrespeito. Tal como teria já demandado ao tal advogado rançoso (palavra de honra que não me ocorre o nome, acho que é Araújo) por claras ofensas ao juiz de instrução e ao ministério Público sobre o caso Marquês.

No que se refere aos comentaristas, jornalistas e paineleiros, talvez fosse de bom-tom lembrá-los do extenso rol de malfeitorias que indiciam Sócrates como um vulgar trapaceiro, com a agravante de ter trapaceado com dinheiros públicos. Basta ler o Cercado para nos atermos à longa lista de casos em que Sócrates é indiciado. E se quisermos que a justiça faça um trabalho limpo e adequado, pensemos no trabalho que aquela longa lista, mais os respectivos envolvimentos e promiscuidade, exige.

Por último, quando um juiz acha que pode ou deve atenuar a medida de coacção mais grave (prisão preventiva) para prisão domiciliária com pulseira electrónica e Sócrates não aceita e brande o caso com mais uma lunática forma de se vitimizar o que é que se espera que o juiz faça? Que o mande fazer piquenique para a Estufa-Fria? Como leigo na matéria, a minha primeira reacção é de que ele deveria ser de imediato punido por desobediência, ao rejeitar a pulseira. Mas parece que não é bem assim, parece que um arguido tem prerrogativas constitucionais que lhe permitem recusá-la. Ora, a ser assim, para onde deveriam mandar o 44 senão de volta para Évora?

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quinta-feira, junho 04, 2015

Parasitas



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Parasitismo: Pode definir-se por aquele que come ao lado de outro. É a associação entre seres vivos, na qual existe um ser apenas que se beneficia, sendo um dos associados prejudicado nessa relação. Desse modo, surge o parasita, agente agressor e o hospedeiro, agente que abriga o parasita. O parasita por sua vez, retira os nutrientes do ser no qual está hospedado, representando uma relação desarmónica.

Em português: Um parasita não tem que ser necessariamente um endoparasita (verme, por exemplo) ou um ectoparasita (um piolho, por exemplo). Numa versão romântica, um parasita pode até ser um apelativo cogumelo, o que não lhe retira a condição de se alimentar à custa de um resignado carvalho negral, um elegante pinheiro patula ou um altaneiro plátano.

Neste caso, estamos perante um tipo de parasita abundante na paróquia e, mais grave, glorificado por uma grande número de portugueses inebriados pelo main stream. Esses parasitas não fazem (não querem, não sabem?) nada sem o contributo abnegado do hospedeiro. Seja um filme medíocre que o Estado subsidia para que os parasitas não acabem e não se dê lugar a realizadores de cinema com o génio e a centelha de não precisarem de subsídios para coisa nenhuma, seja a inominável atitude de exigirem que os contribuintes suportem o estratosférico prejuízo da TAP, permitindo ao parasita alimentar o corpo e o ego.

Espero, sinceramente, que isto não dê em nada e que o governo possa concluir a sua tarefa. Estou cansado de gente que se gaba de ter causado trinta milhões de prejuízo e de cinéfilos frustres envolvidos em acções catárticas, sem qualquer respeito por quem está.

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