sábado, fevereiro 21, 2015

Homeward Bound... e porque hoje é fim de semana





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Em 1982 fiz duas horas de avião, ida e volta, expressamente para ir buscar este concerto completo numa preciosa cassete Betamax, gravada a partir de uma outra de um amigo em Joanesburgo! 

Parece que foi ontem. Ouvi-a vezes sem conta, semicerrava os olhos e «sentia-me» em Central Park vibrando com os meus «faves» e ainda hoje a tenho... e agora tropecei na cassete sem querer. Fica aqui, com um aceno de simpatia para quem ainda se lembra deste memorável concerto e, como eu, o considera do melhor que alguma vez tive o privilégio de ouvir e sentir. Para os que nasceram depois, o pedido para que ouçam (e vejam) o concerto até ao fim. Nem que seja a prestações.

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quinta-feira, fevereiro 19, 2015

Lembrou-se agora...


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Impressiona a constatação de um orgasmo colectivo que reina por aí depois da ejaculação tardia de Juncker, para manter o nível de pornochachada que o assunto me inspira. Ninguém, que eu tenha lido, se deu ao trabalho de se questionar porque é que Juncker tinha de vir agora com este acto de contrição, em vez de, oportunamente, ter feito reivindicar os seus pontos de vista. Ao contrário, o que se vê é um alarido ensurdecedor e uma erecção de meninges por um discurso patético proferido por um fulano que ainda há dias era vituperado como um amoral e esquemático de como se podia burlar o fisco e, eis senão quando, sai do silvado, cantarolando, muito excitado, um comissário, que num repente e olhar de luz, resplandecente, como a do sol e penetrante como diamante, diz umas tretas e põe a nossa intelligentzia vidrada com a confissão.

No meio de tudo isto dá para pensar é que raio de gente tem em suas mãos o nosso destino. E apetece mandá-los para um confessionário que eu cá sei, mas não digo aqui porque é pecado.

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domingo, fevereiro 15, 2015

Cansado



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Estou cansado de dois exemplares de «homo lusitanus» que sobre os ataques terroristas têm duas versões em regime de permanência. Uns condenam os ataques, com certeza, mas acham que em Portugal não há necessidade de se aumentar as medidas de precaução sobre possíveis ataques terroristas, como ainda há pouco ouvi o nosso Rui Machete, a propósito do ataque na Dinamarca. Outros receiam imenso que na prevenção do terrorismo se entre numa deriva securitária, uma expressão que vai muito bem com a retórica em curso, especialmente quando ninguém lhes pergunta nada.

Mas, já agora, há uma terceira classe de gente, aqueles que escrevem para jornais e ainda lhes pagam por cima e que acham que a sociedade portuguesa está anatematizada por um corpo de polícia agreste, boçal, xenófobo e racista. Como a Fernanda Câncio, por exemplo, que há dias reproduzia, literalmente, um desabafo de um polícia num dos chamados bairros problemáticos, quando depois de um ataque à pedrada a uma esquadra, ele disse, pretos do caralho se eu pudesse exterminava-os (DN de há dias, sendo que de há uns tempos para cá está a tornar-se moderno escrever caralho com as letras todas). A Fernanda Câncio ainda não veio a Cascais ao bairro da Torre onde, entre várias grafites simpáticas se pode ler brancos de merda, morte aos brancos

A Fernanda tem de viajar mais e exibir-se menos em exercício literários de nível duvidoso e de conteúdo racista, ainda que em sentido contrário ao chamado main stream. E pensar na pressão de um polícia que diariamente se tem de ver com episódios do tipo de apedrejamento de esquadras, por contraponto de expressões racistas e violentas em bairros onde por acaso não se apedreja ninguém.

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sábado, fevereiro 14, 2015

Desculpas a Costa


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A Costa o que é de Costa e em obediência ao mais elementar sentido da justiça e autocensura, retrato-me aqui publicamente. Por várias vezes me referi à ponte pedonal e ciclável (ciclável dá erro aqui no corrector e também acho que não existe, mas vem assim na notícia…), reclamando do facto de ali se ter gasto uma pipa de massa, se ter obstruído o trânsito durante mais de um ano e jamais se ter lobrigado (lobrigado existe) um peãozinho ou uma bicicletinha atravessando a via (pedonal e ciclável). Pois, a verdade é só uma, como se dizia da Rádio Moscovo, os peões e as bicicletas não passavam porque a via ainda não tinha sido inaugurada.

Foi hoje. Costa aplicou um capacete e fez-se à chuva e ao vento, atravessando a ponte com galhardia e pundonor. Não sem antes ter feito um discurso com elevado sentido de Estado, onde nos explicou a importância de uma coisa qualquer nos edifícios e nas emissões, na preservação do clima. E terminou o discurso com a seguinte tirada: «…Claro, já sabemos, devemos comer menos pastéis de nata, também já sabemos que não devemos abusar dos enchidos no cozido à portuguesa, mas para além disso tudo devemos ter uma atividade que nos permita manter atividade, quer andando, quer pedalando, isso é uma forma de termos uma cidade mais saudável» Eu seja ceguinho! SIC , sintaxe e acordo ortográfico respeitados.

Tenho a certeza que a partir de amanhã é que vai ser um corrupio de bicicletas e peões entre Telheiras e Carnide. Tal como confio no aumento do consumo de pastéis de nata e do cozido à portuguesa já que, seguramente, poderemos ir reciclá-los para a pente pedonal e ciclável. Com moderadas emissões, espera-se. E peço a Costa que me releve a desatenção de ter falado no assunto, num tom crítico, antes da magna inauguração.

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segunda-feira, fevereiro 09, 2015

Não dá jeito nenhum...


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Depois disto, lá vão os socialistas ter de começar a pedir dinheiro emprestado uns aos outros, pagar funerais aos irmãos de cada um e comprar casas às mães de cada qual…

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