quarta-feira, março 12, 2014

Os quadrantes


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A esquerda adora quadrantes. E então se pode usar os quatro, entra em histeria. No fundo, a esquerda sabe que é pouco credível e que as suas políticas são consecutiva e inapelavelmente catastróficas. Vai daí, apresentar personalidades de todos os quadrantes significa que os outros três quadrantes avalizam as suas próprias asneiras.

Agora é um grupo de individualidades, mais ou menos acomodáveis num autocarro de turismo, que se lembrou de fazer um manifesto. Há um milhão de palavras que poderiam ser escritas em relação a cada um dos manifestantes mas, para isso, há quem o faça melhor do que eu. Limito-me a passar os olhos de relance pelo grupo e perceber naquelas personagens como que uma espécie de todos os quadrantes de virtualidades, desde os que sabem imenso de dívida nacional até aos que se sentem incompreendidos pelas benfeitorias que levaram a cabo no tempo socialista. Passando por ressabiados, desocupados, ainda que todos eles, empresários, professores, técnicos, economistas, ensaístas e, quiçá, ex-passageiros da TAP. Como convém, porque a esquerda é plural e gosta de acolher todos os quadrantes.

Os quatro quadrantes dão habitualmente o sainete necessário a este tipo de iniciativas. Por mim, que já percebi que morro primeiro que a dívida seja paga, uma dívida alimentada por uma colecção de incompetentes desonestos, do que eu verdadeiramente gostava é que esta gente saísse da frente, como escreveu o Camilo Lourenço. E como é improvável que o façam, ao menos que a comunicação social não se excite muito e não lhes dê a amplitude que não merecem. Ou que mereceriam, mas por outros motivos, que não este tipo de atitudes espúrias.

Nota: Há dia tropecei num dos objectivos de um candidato a deputado europeu pelo «Livre». Levar a Troika a tribunal. Pois…

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