sexta-feira, julho 12, 2013

Ser comunista e ter cunha


[4929]

Tenho uma certa dificuldade em entender a razão por que os comunistas são tratados como uma espécie de vacas sagradas em que não se pode tocar com uma flor. Apesar de serem reconhecidamente trauliteiros e darem um uso indevido à liberdade que lhes é concedida pelo regime democrático em que têm a graça de poder viver, de poderem pensar e dizer o que lhes der na gana.

Acontece que os comunistas têm, em geral, um problema de base, qual seja o de conviverem muito mal (ou não conviverem, sequer) com a liberdade. Acreditam piamente que toda a gente é livre de pensar e agir como eles. Sempre assim foi e sempre assim será. Acresce que sempre que dispõem de poder, como é o caso da maioria dos sindicalistas, usam-no na manipulação hábil das massas, cultivando um proselitismo à la mode, infundido e apoiado em dois pilares principais – o uso de benesses (vide os barbeiros da Carris) e um clima de temor infligido àqueles a quem lhes apetece usar risco ao meio em vez de usar o risco do lado que lhe dizem.

O resultado é este afrontamento permanente, por via de grupos organizados, escalonados, nomeados e subsidiados para impedirem as pessoas de falar, insultar (e agredir) governantes, gargalhar em sessões públicas e, como ontem, fazerem a triste figura que fizeram no Parlamento.

Pergunto-me se, por exemplo, foi possível acabar com os «hooligans» identificando-os e pura e simplesmente proibindo-os de ir ao futebol, porque é que não é possível fazer o mesmo a todos aqueles que, como ontem, acham que a liberdade é a deles, espezinhando a liberdade dos outros? Porque não se identifica aquela gente e se proíbe que eles assistam a sessões da Assembleia durante um período de tempo? Afinal aquilo não é crime?

Uma última nota de registo à presença no grupo de arruaceiros da Assembleia de Mário Nogueira (o professor) e Ana Avoila. A comunicação social noticiou e episódio dizendo um grupo de sindicalistas e funcionários, ou um numeroso número de manifestantes. Também surgiram locais na imprensa onde a presidente da Assembleia era reverberada por se ter irritado e feito citações literárias.

Se eu fosse professor ou funcionário público tenho a certeza que não me reveria em qualquer sindicato encabeçado por aquele tipo de criaturas. Mas, enfim, os professores e os funcionários lá saberão!
.

Etiquetas: , ,