sexta-feira, junho 28, 2013

Massa falida


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A Quadratura do Círculo está a tornar-se mais do mesmo da SIC, uma estação que começa a roçar a náusea. Mas registo uma brisa de bom senso, quando Daniel Bessa apresentou considerandos estimáveis sobre o conceito em que tem as greves, mais uma forma de dirimir conflitos laborais do que instrumentos de objectivos políticos. Mais adiante, referindo-se ao governo, achou que este era, no fundo, um administrador de massa falida e como tal deveria ser levado em conta.

Pacheco Pereira, com a sua recente compleição e António Costa, com a sua habitual inocuidade, «cilindraram» Daniel Bessa (termo do próprio) com uma argumentação estafada e repulsiva. O primeiro porque tinha obrigação de ser mais isento e objectivo, em vez de se perder em labirínticas vias de ódio pessoal. O último… já nem me lembro, tal o vazio do que diz na sua perpétua defesa do governo anterior e ataque ao governo que está.

Uma coisa, porém, ressalta. Neste programa, como na quase totalidade dos programas de análise política. Pegando no termo massa falida, o que repugna é a forma como toda a gente fala como se este governo, o que governa a massa falida, fosse o grande responsável pela angustiosa situação em que nos encontramos. O que ninguém parece lembrar-se, ou deliberadamente escamoteia, é quem é que faliu o país. E não se trata de ir buscar erros do passado, trata-se de «ordenar» um pouco as ideias para que, de preferência, nunca mais se deixe que um grupo de arrivistas ambiciosos, incompetentes e corruptos, mesmo que bonzinhos, o volte a fazer.
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