sábado, fevereiro 04, 2012

Se a Ana o diz...

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«...este governo quer acabar com a tradição… a função pública é a cobaia… a função pública é espezinhada… os trabalhadores vão reagir… foi assim que Cavaco Silva perdeu as eleições… a função pública derrubou Cavaco Silva… estão a mexer com os seus direitos… este governo que desapareça… não precisamos deles, eles que desapareçam...»

Foi nestes termos, pelo menos dos que me lembro, que Ana Avoila, a indignada de serviço do Bloco de Esquerda se referiu ao facto de não haver tolerância de ponto para o carnaval deste ano. Isto depois de Passos Coelho ter feito uma curta e lúcida intervenção sobre o assunto, onde inclusivamente referiu não fazer sentido abolir feriados como o 5 de Outubro, 1º de Dezembro e até feriados religiosos e manter uma tolerância de ponto de carnaval, até porque o dia nem sequer é feriado, tem apenas beneficiado de tolerância de ponto.

A comunicação social achou logo que a pessoa indicada para ouvir o contraditório era Ana Avoila. Penso que haveria, pelo menos, mais um milhão de portugueses capazes de fazer um comentário civilizado e oportuno à questão (e, já agora, que se lembrasse que os privados também brincam ao carnaval e que alguns deles têm de usar máscara todo o ano, por não beneficiarem da propalada equidade da função pública), mas a RTP achou que a Ana Avoila é que era. Ah! E um autarca de Ovar que disse que iam ter imensos prejuízos. E eu fiquei a saber que uma tolerância de ponto tinha sido promovida a direito adquirido, Ana Avoila dixit. E se ela o diz, está a representar pelo menos meia dúzia de pontos percentuais do eleitorado português.
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1 Comments:

At 12:05 da tarde, Blogger Kafka disse...

É curioso como o PCP quando foi Governo pela interposta personagem Vasco Gonçalves isto lá por alturas do PREC e tendo como Ministro do Trabalho um outro comuna, qualquer coisa Martins, propôs um Domingo de trabalho e cuja receita reverteria a favor do Ministério do Trabalho. Assim foi, todo mundo trabalhou, se assim não fosse caía em desgraça nos Sindicatos e PIDE da época bem representada pelo OTELO, CORVACHO e outros. Resultado, a massa dasapareceu, parece que foi dar uma volta por Moçambique bem guardada pelo tal Martins, MInistro do Trabalho do PCP e o País virou num país de pedintes.

 

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