quarta-feira, novembro 02, 2011

Torcer a orelha e não deitar sangue



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O referendo anunciado para a Grécia não pode ser lançado no caldeirão onde se pretende cozinhar o capitalismo, o sistema, os políticos corruptos e a necessidade do nascimento do homem novo. Seria necessário e útil que os gregos entendessem que a situação se deve a um sistema bem menos obnóxio do que o desejável. Qual seja o de providenciar um discurso eleitoralista, através do qual se eterniza no poder uma clique de venais (que na actividade empresarial não teriam quaisquer hipóteses de êxito), prometendo e cumprindo medidas insustentáveis que enformam o alegado Estado social. Os gregos têm beneficiado de medidas absolutamente insustentáveis e que são a imagem de marca do chamado socialismo democrático, através das papas e dos bolos com que se enganam os tolos. E, a não haver tolos suficientes, cria-se a forma eficaz de imbecilização das pessoas (em nome das quais o socialismo fala despudoradamente) por forma a que a irresponsabilidade socialista se mantenha no Poder.

Os resultados estão à vista, numa Grécia em escombros e com uma população revoltada que não aceita ser espoliada das prebendas que lhe foram prometidas e garantidas por um bando de irresponsáveis. E a tentação de remeter as causas da catástrofe para o capitalismo, os poderosos, os bancos e para o blá blá habitual já dificilmente cola.

Que isto, ao menos, nos sirva, a nós, de exemplo. Sobretudo depois de termos estado à mercê das vontades e desvarios de um primeiro-ministro como Sócrates, que um processo muito semelhante ao dos gregos manteve no poder por duas legislaturas.

E.T. Já agora, esta notícia alguma vez foi desmentida?

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