sexta-feira, maio 27, 2011

Chocado, indignado e lamentador (ainda por cima)



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Sócrates é um reconhecido trauliteiro verbal e com uma confrangedora impreparação sobre os assuntos do Estado. As memórias parecem hoje ser curtas, mas bastaria um relance sobre os anos em que este demagogo petulante esteve à frente dos nossos destinos para facilmente percebermos que a sua acção se resumiu à lei do aborto e ao casamento entre homossexuais. Pelo meio, um cortejo de episódios lastimáveis que não só acrescentaram zero ao nosso capital de confiança e desenvolvimento perante eventuais investidores e perante a população geral, como ilustraram bem o carácter de uma personagem habituada a resolver as suas questões e interesses pessoais através do tradicional «xico-espertismo» nacional e de uma rede de casos abafados na justiça. No fundo, este é o espólio da sua governação, ajudado por um cortejo de esbirros, oportunistas e carreiristas de reconhecida incompetência, pastoreados pelos intocáveis barões do regime.

Sócrates resolveu voltar a ir a votos. Dele não se ouviu ainda uma ideia, uma estratégia, um plano para ressarcir o país da trágica situação em que ele próprio nos lançou. Continua alardeando um embaraçoso parolismo, uma petulância insuportável e o recurso a práticas de manipulação que se no governo se mostravam mais eficazes, porque mais facilmente exequíveis, agora se expõem mais à ira dos populares por via de episódios lamentáveis como o de ontem, num comício em Faro. Entretanto Sócrates, choca-se, indigna-se e lamenta. Lamenta por tudo e por nada. Só é lamentável que ele não se lamente a si próprio e, num assomo de recolhimento, lamente a lamentável situação em que, lamentavelmente nos colocou.

Espero que este homem saia de cena depressa. Para nós, é bem feito, Continuamos com dedo para escolher os nossos eleitos. Mas desta vez a coisa ultrapassou os limites do aceitável e da decência. Sócrates tem de ser afastado. Depressa e por forma a que se sinta suficientemente humilhado para que não volte a passar-lhe a cabeça vir azucrinar-nos, de novo, a paciência. E que a nós nos sirva de lição.
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