terça-feira, setembro 21, 2010

Cuidado com a Suécia


Cuidado com este homem... chama-se Akesson, tem cara de bom rapaz, mas é de extrema direita. A Suécia tem de rever a sua imagem...


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A Suécia pegou na bússola e corrigiu o rumo. Não que eu saiba o que verdadeiramente haveria para corrigir mas devia haver qualquer coisa para que assim procedessem. Como tenho os suecos na conta de um povo inteligente, esclarecido e imbuído de um forte sentido cívico, a correcção deve ter sido bem feita. Como eventualmente as escolhas anteriores o seriam também.

Agora… a histeria que corre por aí e a forma enviesada com que alguns jornalistas da nossa praça nos vão pondo a par da situação é que não espanta, mas contribui para aquele sentimento de embaraço de que frequentemente me queixo sempre que nos armamos em guias espirituais dos que têm a desdita de viver ainda nas trevas europeias. Este exemplo do Público é absolutamente esclarecedor. Um exemplo de entre muitos. Uma jornalista, Dulce Furtado de seu nome, acha que a conquista de 20 assentos parlamentares pelo partido de extrema-direita Democratas da Suécia, nas eleições legislativas, deixou muitos sectores da sociedade sueca em estado de choque e pôs o país a precisar de rever a imagem que tem de si próprio. Mas vale a pena ler a notícia toda para entendermos bem as preocupações da Dulce.

Não conheço a Suécia, nunca tinha ouvido falar dos democratas da Suécia mas devem ser muito perigosos. Porque são de extrema-direita. Acho absolutamente espantoso este frenesi, este transe sacolejado dos guardiães dos bons costumes europeus, que mais não é que a prova evidente da intolerância da esquerda de cada vez que “corpos estranhos” entram na engrenagem dos bons costumes da Europa. É que "a esquerda, ao contrário da direita, não é xenófoba nem racista”, diz um dos comentadores da notícia. É evidente que meia dúzia de linhas chegariam para desbaratar estas atoardas patetas atiradas assim para o ar. Quem comenta assim não faz a mínima ideia dos gravíssimos problemas sociais e das verdadeiras indignidades a que muitos cidadãos africanos, por exemplo, foram sujeitos na ex União Soviética e na República Democrática Alemã. Só para citar dois exemplos. Por um lado, os governos que queriam treinar e “educar” estes jovens para serem reenviados para os países de origem para continuarem a revolução. Mesmo ficando-lhes a dever dinheiro ou sujeitando-os a humilhações degradantes. Por outro, os cidadãos anónimos, muitos deles aparentemente desconhecendo que havia negros no planeta, que ostensivamente os mandavam para a terra deles ou mesmo os agredia. Mas explicar isto à esquerda moderna seria complicado… a esquerda não percebe. A mais jovem é capaz de não perceber mesmo. A menos jovem porque não quer perceber. Não lhe dá jeito…

P.S. Ocorre-me alguns países problemáticos onde tive de me deslocar em trabalho e para os quais a minha empresa me colocava em contacto com a embaixada do seu país, a fim de que eu fosse devidamente elucidado sobre cuidados a observar nesses países. Espero que a partir de agora não haja necessidade de consultar a embaixada se eu resolver visitar a Suécia. Agora, que a extrema-direita tem 20 lugares no Parlamento.

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