domingo, junho 13, 2010

Muita farinha do mesmo saco?


Cuidado que este homem tem actos «irreflectidos». Na irreflexão, rouba gravadores



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O facto de Sócrates ser um consabido mentiroso e Ricardo Rodrigues um lampeiro ladrão não teria importância por aí além se não fossem, respectivamente, meu primeiro-ministro e deputado à Assembleia da República. E o que verdadeiramente me aflige é o exercício permanente de contorcionismo de outros agentes e instituições políticos para disfarçar a coisa, ao que parece em nome de qualquer coisa que terá a ver com estabilidade política e situação económica.

Eu, que não sou político nem economista nem perito em estabilização seja do que for, ainda acho que a melhor maneira de resolver este pantanal era secá-lo… drená-lo, expurgá-lo desta rapaziada que se alcandorou ao poder usando a mentira e a farsa e reduziu os eventuais resíduos de dignidade que ainda pudéssemos ter como nação e como povo a pó, dando-lhes os tratos de polé que seria exaustivo repetir mas são do domínio geral.

Os episódios recentes provindos das conclusões finais (???) da comissão de inquérito parlamentar são um exemplo do que digo, são uma vergonha, colocam-nos ao nível de um grupo de putos patetas a quem foi dado um brinquedo mais ou menos sofisticado com que não sabemos como lidar, mas que queremos preservar a todo o custo – o poder.

Por isso, acho que mais caro e mais prejudicial que eleições antecipadas é manter este estado de coisas. Embaraçoso estado de coisas. Custe lá o que custar, tesos e endividados já nós estamos… pois que fiquemos mais. Mas acabemos com este pesadelo de manter esta rapaziada no poder à espera… nem sem bem de quê. Parece que das presidenciais. Ainda que reconheça que o grande drama reside em continuar a haver metade do país que acredita em Sócrates, no socialismo e no estado providência. Teso, corrupto, mentiroso, dependente do exterior, clientelar, caciqueiro, improdutivo, inculto e mal-educado, perdulário, pantomineiro…mas providente. Ou seja, somos muita farinha do mesmo saco.

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