sexta-feira, julho 10, 2009

A tempestade imperfeita


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Sócrates veste a pele de George Clooney e compara a crise do nosso país à Tempestade Perfeita. Por mim, por uma vez, concordo com o homem. Tirando a parte da imagem retórica em que Sócrates se compara a Clooney e que as ondas maiores que temos por aqui são aquelas do Guincho, o resto bate certo. Vai tudo ao fundo, morre tudo e acaba a história. Ah! Outro ponto de discordância. É que depois, da catástrofe, não me parece que, no nosso caso, haja muita a gente a chorar em terra. Ainda outro «Ah!». Tanto a Mastrantonio como a Diane Lane são mais giras que Câncio ou a Maria de Belém e, imediato por imediato, o Mark Wahlbergh é muito mais pachola que o doutor Santos Silva.

Vistas bem as coisas a única coisa verdadeiramente plausível é a distinta possibilidade de o barco ir ao fundo. Ah! (Um último «Ah!»). No filme, o barco afunda-se cheio de valioso peixe. O nosso barco, infelizmente, está teso que nem um carapau, leia-se sem carapau nenhum, já que estamos a falar de pesca.

Resumindo e concluindo. O Grande Líder vai ao cinema mas não lê as legendas. E como o seu inglês técnico é tão perecível como o chicharro depois de dois dias sem frigorífico, depois saem-lhe tiradas metafóricas destas, sem metáfora nenhuma, tudo baralhado.

A culpa é da Manuela que deve ter rasgado o guião original e inventado outra história qualquer. Só pode.
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2 Comments:

At 9:17 da manhã, Anonymous Anónimo disse...

Forte em determinada fase do texto. Cuidado com os delatores... :)

 
At 9:31 da manhã, Blogger Nelson Reprezas disse...

JoãoG>

É na parte em que digo que a Manuela deve ter rasgado o guião????
Ela não se deve importar!
:)

 

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