terça-feira, julho 07, 2009

Há por aí uns desvalidos aos tiros aos polícias


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O PS, como representante natural da chamada esquerda democrática, ao longo dos tempos foi moldando a sua militância política às realidades da vida e à necessária racionalidade que impede a loucura. Daí que travestida do pragmatismo que não pode contornar por força de, frequentemente, ser poder, se tenha agarrado ao tratamento das causas nobres, abraçando-as e mimando-as com o desvelo que só a esquerda sabe acomodar e usar. Para isso incorreu e incorre no uso e abuso de uma série de dislates que enformam uma atitude de diálogo e prodigalidade cujos resultados não seriam difíceis de prever. Sobretudo na educação, na justiça e na segurança, são bem visíveis os resultados de uma política de desculpabilização e garantismo idiota e da utopia rebuscada do homem novo, no caso da educação. Estão aí os resultados, uma justiça emperrada e entupida em códigos e procedimentos inenarráveis, uma educação que nos faz pensar que a breve trecho seremos um punhado de gente absolutamente incapaz de pronunciar duas frase seguidas com sentido e uma segurança em que o ataque a tiro a polícias passe a ser assunto corrente e que serve apenas ao enriquecimento curricular dos atiradores.

O caso recente dos dois polícias abatidos (um deles parece que ficará cego de uma vista) mereceu pouco mais que uma patética intervenção de Rui Pereira (onde ridiculamente os alegados foram excluídos) rapidamente dissolvida nos outros acontecimentos do dia a dia, que o Cristiano Ronaldo estava a ser ovacionado por 85.000 pessoas aqui ao lado e o Eusébio tinha sido convidado.
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