segunda-feira, junho 08, 2009

E evolução na continuidade, a governabilidade e o habitual mau perder


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Ainda estremunhado, começo a ouvir os jornais da manhã e fico muito mais descansado. Bastaram as declarações de três figuras para me assegurar a “evolução na continuidade”, que é uma coisa que eu não ouvia desde o tempo do Estado Novo. Almeida Santos foi muito claro dizendo (ralhando) com o rebanho de que para brincadeira chega, por palavras escolhidas do seu acervo cultural. Que as próximas eleições já têm a ver com a governabilidade (este termo vai ser usado centenas de vezes pelos socialistas daqui para a frente) e por isso os portugueses têm de ter muito cuidado com as suas escolhas. Já o ministro da cultura (o improvável, como diria o João Gonçalves) afirmou, preto no branco, que já esperava esta derrota do PS. Porquê, perguntaram-lhe? Pela actual conjuntura, pela crise, pelo momento e por qualquer coisa mais que já não fixei. Finalmente, o ministro Pinho, em resposta a uma pergunta de um jornalista, foi lapidar. Diz ele que amanhã estou a trabalhar.

Nota: Não posso negar um indisfarçável gozo que a derrota da tralha socialista me está a causar. Quanto mais não fosse para ver sublimadas a deselegância, a falta de chá e habitual pesporrência desta gente quando perde. Ocorre-me, assim ao acaso, o cenho da ministra da educação a entrar no Altis e a correr com os jornalistas e o facto de Vital ter sido incapaz de felicitar o seu adversário. Como deveria fazer.

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