sexta-feira, fevereiro 27, 2009

Última hora

[2975]

Acabei de ouvir ali nas notícias (eu seja ceguinho...) que Sócrates levará uma gravata vermelha. Francamente, acho esta decisão de uma grande coragem. O que é que Alegre quer mais? Ele que, ao que parece, não põe lá os pés? Pode ser que sabendo da gravata se decida.

Ana Gomes é que não brinca em serviço. Vai estar e a sua disponilidade para continuar como deputada europeia é imensa. Chávez é que não deu sinal de vida. Foi pena. Pagava para o ver de braço no ar com Sócrates. Além de que o seu séquito habitual traria bastante colorido à capital.

ADENDA: A coisa saiu furada. Sócrates não levou gravata vermelha. Levou outra. Assim, "silverish".

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Os foliões


[2974]

Para a esquerda, não há quarta-feira de cinzas. A folia continua e aí está ela celebrando o haaaan... hummm... hannnn… não sei bem, os foliões lá saberão o quê e os porquês. A esquerda nacional congrega o seu folião espírito, simultaneamente. O PS "kimilsungando" o grande líder que, cito alguém algures, tem a espinhosa missão de conciliar a esquerda alegrista com o centro-direita (e isto, como se sabe, é um desígnio nacional), o PC vai até Almada dizer mal do PS e o Bloco vai ao mercado da Ribeira, onde em tempos houve um romance de amor entre a Rita peixeira e um Chico pescador, falar mal do PS e do PC ao mesmo tempo.

Todos eles se rirão. No que se refere a Sócrates, não é bem rir, é mais um esgar, assessorado ao milímetro pelos mesmos que lhe escolhem as gravatas, um sorriso de quem acha que está a cumprir uma missão, mesmo que isso represente o maior descaramento que me ocorre desde António Guterres. Louçã rirá sobretudo naquela altura em que falará da Caixa Geral de Depósitos e Jerónimo… também não é bem rir, é mais a expressão nobre (sente ele) daqueles que acham que os amanhãs cantantes mais tarde ou mais cedo chegarão. Agora parece mais fácil, porque estamos todos a mudar o paradigma, que é a acção mais notória actual das nossas forças políticas. Muito à nossa moda, muda-se o paradigma e está tudo resolvido.

No fim, e por atacado, todos rirão. Não sabemos bem é de quê. Não sabemos, aqueles que pensam que Portugal atravessa um dos mais graves momentos não da sua história, mas da sua viabilidade política, social e económica. E isso, na minha modestíssima opinião bem se fica a dever aos foliões em parada por este fim-de-semana fora. Mas como, bem cá no fundinho, o povo também é folião, lá mais para Domingo à noite, um par de reportagens do povo a beber um copinho e a rir, rir muito que é o que sabemos fazer melhor, ficará a pairar a ideia de que tudo está bem quando acaba em bem.

Quanto aos foliões, eles próprios, provocam-me um imenso mal-estar. Pela falta de seriedade de tudo isto. Pela sua objectiva responsabilidade no preocupante período que atravessamos e porque acham que a folia resolve tudo. Não resolve. Quando muito "resolve-os" a eles. Não resolve mais nada a mais ninguém.

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quinta-feira, fevereiro 26, 2009

Arrepiante

[2973]

Lemos este post do João Gonçalves e visionamos o respectivo vídeo e ficamos realmente com uma sensação clara do vazio em que vivemos, da ausência dos níveis mínimos que se exige a uma sociedade moderna e, sobretudo, ficamos arrepiados por nos sentirmos ao sabor dos humores, estratégias e decisões da nacional parolice.

Depois chamem-lhe antipático.

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Impossível deixar de esboçar um sorriso

O homem novo...

[2972]

"Talvez assim se extinga muita vocação para aqueles de cursos psico-sociologia que formam aquelas multidões que sonham reinserir, reenquadrar e dinamizar as problemáticas emergentes do actual contexto"

Diz a Helena Matos, aqui, a propósito desta notícia.


...a caminho da sociedade perfeita !

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quarta-feira, fevereiro 25, 2009

Manter o paradigma


[2971]

Alguém reparou, por acaso, quantas vezes por dia se ouve a expressão "mudança de paradigma"? Só José Sócrates desde que está a falar esta tarde no Parlamento, já o fez duas vezes. Esta manhã, no forum da TSF… perdi-lhe a conta.

O que estará por detrás deste nosso apetite por frases ou expressões de vício? “Desde logo”, “é assim”, “então vá”, “aquilo que são”, “obstaculizar”, “alavancar”, “vertente” e “montante” e outras preciosidades (falou-se em paradigma outra vez, neste preciso momento, um deputado do PS) são expressões correntes e, no meu entender, reveladoras de uma lamentável pobreza.

Já agora. Quantos blogues não terão colocado ainda nas suas páginas a “Origem do Mundo” de Gustave Courbet?

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" Do not disturb" o desmazelo nacional


[2970]

Há cerca de um mês a minha filha apanhou com uma árvore em cima da viatura, enquanto esperava calmamente por outra pessoa, em Algés. Veio a polícia, levantou-se um auto e o processo seguiu o seu caminho até aos dias de hoje, na Câmara Municipal de Oeiras.

Ponto da situação:

O carro ainda não está arranjado. Aguarda pacientemente nas oficinas da Citroën pelo desenrolar do processo. Porque:

- O processo levou mais de uma semana a seguir da PSP de Miraflores para Oeiras;
- Quando o processo chegou à polícia de Oeiras, ia com erros (vários e, na sua maioria, causados por negligência pura, tipo, ano da viatura que passou de 2008 para 2005, deficiente indicação do tipo de seguro e outras minudências);
- Depois de várias idas e vindas a Miraflores e muitos, mas muitos telefonemas, o processo lá chegou à PSP de Oeiras. Mesmo assim contendo erros o que diz bem da incapacidade de um polícia preencher uma folha A4 relatando um simples acidente;
- Relatório em Oeiras, havia que pedir uma cópia do processo. Ao fim de uns dias e € 8, o auto estava feito mas faltava assinar. Ir a despacho. Uma reacção mais decidida, tipo “não saio daqui sem o papel” lá desbloqueou a situação e a minha filha, feliz, de papel na mão foi para a Câmara de Oeiras. Entregue o processo, mandaram-ma telefonar “uns dias depois”;
- Várias vezes “uns dias depois”, a última informação de uma diligente amanuense foi de que o assunto estava autorizado e tinha de ser enviado à Mapfre. Interrogada sobre a razão por que o processo ainda não tinha sido enviado, a resposta adequada foi a expressão de sacrifício da funcionária que o melhor que achou para dizer foi “olhe, muita sorte tem eu estar aqui, porque mais de metade das pessoas não veio trabalhar e eu estou na hora do almoço”. Era segunda-feira de Carnaval…

Isto está relatado mais ou menos por alto. Já lá vai um mês e o carro aguarda num canto triste da oficina que os homens lhe tratem da saúde. É por esta e por outras que sempre que oiço Picanços e Avoilas defender as conquistas de tanta e tanta gente que, como obra curricular, apresenta o engenho de ter conseguido um emprego para a vida, me dá uma azia tremenda. Mais grave ainda é muitas destas pessoas serem incompetentes, malcriadas, desmazeladas e com uma total ausência de rigor e, tragicamente, não darem por isso.

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terça-feira, fevereiro 24, 2009

Novo livro do Torquato da Luz


[2969]

O Torquato da Luz vai lançar mais um livro. Sinto-me muito honrado pelo convite e lá estarei na Livraria Barata, à Avenida de Roma. Desta vez não tenho desculpa, meu caro.

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Quem não se aceita é inaceitável ou a arte de bem falar pertuguês...


Sugestão de cartaz para colocar nas nossas fronteiras terrestres e nos aeroportos de Lisboa, Faro e Porto.

[2968]

3. Sendo certo que muitos docentes não se aceitam o uso dos alunos nesta atitude inaceitável, acompanharemos de muito perto a defesa do bom nome da escola dos professores, dos alunos e de toda a população que muito tem orgulhado o nosso país pela valorização que à escola tem dado

Margarida Elisa Santos Teixeira Moreira


Os direitos de autor desta pérola de português pertencem a Margarida Moreira, a já célebre directora da DREN. Não sei se a senhora em questão é professora ou não, penso que o seja e eu começo a sentir uma vergonha indisfarçável pela forma como esta gente se exprime. Sobretudo gente com a responsabilidade de uma directora de um Direcção Regional de Ensino.

Quem quiser poderá ler o documento todo aqui.
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O Eixo do Bem


Um grupo de respeitadores de instituições. No caso, em Silves, respeitando a propriedade privada. O chato do polícia (um protofascista, é o que é) é que está para ali a complicar

[2967]


O "Eixo do Mal" é o cadinho de virtudes que todos os que vêem o programa conhecem. Inebriados com a trilha do bem e da nobreza de pensamentos, a única forma de rematarmos a coisa é fazendo um profundo exame de consciência e prometermo-nos uma conduta irrepreensível.

Foi mais ou menos com este espírito que ouvi o Daniel de Oliveira dizer, sem se rir, que apesar de ser considerado um radical de esquerda, ele tem muito respeito pelas instituições. Isto a propósito das malfeitorias de Dias Loureiro e da danosa imagem que ele está a proporcionar ao Conselho de Estado. A sentida imagem do Daniel de Oliveira chocado tocou-me quase até às lágrimas, de tal maneira que lhe perdoei aquelas campanhas do Bloco de Esquerda em que a desobediência civil era promovida como um dever cívico de cada um.

Uma coisa que também não joga bem, assim uma espécie de verruga na pele fresca e virtuosa do programa é a autêntica sanha de Clara Ferreira Alves ao PSD. Fica feia de assanhada, alguma lhe fizeram. Desta vez ela saiu-se com uma tirada extraordinária: - O tio de Sócrates é o protótipo do eleitor do PSD. A coisa saiu com tanta raiva e tanto desprezo que se eu fosse o tio de Sócrates pedia-lhe, à Clara, explicações.

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segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Os maus exemplos


[2966]

Há qualquer coisa de errado nesta foto. Não porque se discorde ou concorde com as razões que possam assistir a esta professora que decidiu desfilar amordaçada e agrilhoada, ou porque se defenda ou condene a celebração do carnaval como uma festa institucionalizada pelo ministério de educação. O que soa mal nesta foto é a forma como essa professora transmite às crianças o protesto do seu desacordo com as ordens que recebeu. É claro que isto daria pano para mangas, sobretudo do ponto de vista de quão discutíveis poderão ser as ordens emanadas de uma hierarquia, seja ela qual for. Em todo o caso há, à partida, um princípio profundamente errado, qual seja o de os professores acharem que a hierarquia e o poder são sempre discutíveis e que nada poderá ou deverá ser feito à revelia do seu escrutínio e vontade. Ainda não perceberam, por exemplo, ou não quiseram perceber, porque os professores não são estúpidos, que não é possível moldar o poder de uma pirâmide hierárquica à opinião de cada qual. E que fosse.

Neste caso, parece que estava em causa os professores se recusarem a participar nos cortejos de carnaval, dando expressão à continuidade da sua luta. É evidente que a ser assim, os professores estão abusivamente a usar os alunos como ferramenta da sua luta e isso é, no mínimo, inaceitável. Por muito idiota e peregrina que pudesse ser a ideia de pôr criancinhas a desfilar no carnaval, os professores não deveriam dar este exemplo de insurreição, de desafio da autoridade, àqueles que, em última análise, são os destinatários naturais da sua forma de actuação.

Quanto ao resto, se devia haver ou não carnaval isso é perfeitamente secundário. O que está mal é este espectáculo insólito de porem professores a desfilar amordaçados e acorrentados. Por muitas voltas que se dê ao texto, é uma instigação á revolta e à insurreição. Nada, de resto, muito diferente da linha doutrinária do PC e do BE que ainda recentemente promoveram cursos intensivos de desobediência civil.

As crianças não precisam de ser ensinadas a ser insurrectas. Precisam é de ser formadas para, mais tarde, serem insurrectas ou não, conforme aquilo que, em consciência, decidirem. E era nessa direcção que estes professores algemados e acorrentados deveriam ter ido. Se conseguissem.

Nota: Como se esperava, esta foto ilustrou alguns blogues e foi devidamente exaltada nos meios da especialidade.

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A globalização e o aumento das calorias dos hambúrgueres - americanos, claro


[2965]

No intervalo das acções para branquear o governo e pedir desculpas a Santos Silva por ter referido que ele gostava de malhar nos sujeitos e nas sujeitas da direita, a RTP mantém a sua linha inflexível de politicamente correcto e de induzir em todos nós um sentimento incontornável de devermos pedir desculpa por existirmos, aqui pelo decadente mundo ocidental.

O tema hoje nos noticiários matinais (a originalidade é fantástica) é a obesidade, coisa de que, imagine-se, já não se falava para aí há vinte e quatro horas. Para isso apareceu um “especialista” que decretou que a culpa de sermos obesos é da globalização e da fast food. Coisa nova, como se vê. "Você sabe", perguntava o "especialista" ao apresentador, "que um hambúrguer americano passou de 400 para 500 calorias?" O apresentador fez aquela expressão para as ocasiões em que queremos dizer ttsss ttsss, esses americanos, só à porrada!... e disse que não, que não sabia.

Vou ficar à espera que a RTP me explique onde é que os americanos foram desencantar as 100 calorias extras dos hambúrgueres que comem. Se aumentaram no peso, talvez para reduzir lucros (sabe-se lá), se usam gorduras piores, talvez chinesas ou, quem sabe, australianas ou neozelandesas, onde há imenso carneiros e, consequentemente, sebo. Lá está – é a globalização a complicar isto tudo.

É por estas e por outras e por este autêntico serviço publico da RTP que me vou atendo à dieta mediterrânica que vou ingerindo ali pelas imediações da Estrela - batatas fritas impregnadas do óleo que anda a fritá-las há oito dias, bifes a escorrer gordura, entremeadas, alheiras e mão de vaca com grão de bico, tudo muito refogado como deve ser e servido naqueles pratos que quando se levantam da mesa deixam o competente círculo de gordura na toalha de papel.

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Sorte e chico-espertice


[2964]

A propósito de Marcelo, ele teve um comentário ontem que considero absolutamente extraordinário. Disse ele, entre o sorriso e o pigarro habituais que o que se passa com Sócrates é que ele tem muita sorte e é chico-esperto. Mais vírgula menos vírgula foi isto exactamente que ele disse, dando até exemplos, como as licenciaturas fáceis e ter apanhado com a crise internacional numa altura de evidente degradação da imagem do governo. E diz Marcelo que o facto de ele se manter á frente nas sondagens é porque os portugueses admiram e gostam de gente com sorte e chico-esperta.

Nem todos, professor Marcelo, nem todos. A mim, por exemplo, dão-me uma azia tremenda.


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Olha, afinal parece que pode ter prescrito


[2963]

Relativamente à distinta possibilidade de os crimes de corrupção e tráfico de influências com o licenciamento do Freeport já poderem terem prescrito e de o competente Dr. Marcelo no-lo ter explicado ontem na TV, ficam duas sensações amargas. A primeira é de que as coisas neste país acontecem assim como as rabanadas de vento. O ar está calmo e de repente a pressão atmosférica tem um acesso de "taquicardia" e o vento sopra, mostrando lixo escondido. Dá a impressão que ninguém tinha reparado e que de repente, “voilá”, a coisa está é prescrita e não vale a pena falar mais do assunto. A outra é que ninguém parece estar preocupado com o facto de a ser verdade que os crimes (alegados) terem prescrito a culpa poderá caber em grande parte ao ministério público. Quer por deliberada intenção de não mexer no assunto quer porque um funcionário qualquer foi deixando amontoar serviço na secretária.

Se este desmazelo e ausência de rigor (em que somos, infelizmente, ímpares) são sempre condenáveis, no caso vertente torna-se insustentável, por razões óbvias. Não que queiramos ver Sócrates na fogueira a todo o custo, mas porque precisamos de saber se temos um primeiro-ministro objectivamente envolvido na trapaça. É só isto que se quer e parece-me que não é pedir muito.

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domingo, fevereiro 22, 2009

SCP 3 - 2 SLB


[2962]

E quando o alheamento se vai instalando em mim a propósito do futebol nacional, com as suas tristezas e misérias ao sabor da hortofruticultura, eis que o Sporting consegue dar um abanão na coisa e recordar-me que o futebol é um espectáculo soberbo quando o estádio está cheio e o jogo se desenrola com emoção e futebol de fina água. O que ontem se passou no relvado de Alvalade foi um hino ao futebol enquanto jogo, entrega, talento e competência. Como é que um equipa que, aqui e ali, joga um futebol de solteiros e casados consegue arrancar uma fulgurante exibição como a de ontem permanece um mistério.

O Benfica nem jogou mal, mas foi vulgarizado por uma das mais brilhantes jogatanas que vi fazer ao Sporting. Uma equipa destas, a manter o nível exibicional de ontem, chegaria facilmente à final da Champions.
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sexta-feira, fevereiro 20, 2009

Uma das razões por que gosto da Blogosfera

Fotografia do Abrupto

[2961]

É impossível evitar um sorriso na leitura deste post da Joana Carvalho Dias. E agradecer-lho. E não vamos agora todos dizer que já tínhamos percebido tão bem como ela. Ou melhor, até talvez tivéssemos. Não saberíamos era explicar tão bem.
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À atenção do Ministério Público


[2960]

Injustiça!!! - Bradam os torrejanos, entre dois pastéis de feijão. O excesso de zelo do Ministério Público na província é desproporcional, permitindo-se à capital do Império toda a sorte de imoralidades.

* Título do post plagiado da Helena Matos.
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A mola pasmada


- É pá, mas o que é esta correria toda?
- É mais uma câmara a governar para as pessoas.
- Fixe. Bora lá....

[2956]


O João Gonçalves faz uma sucinta e saborosa análise sobre o que a Elisa tem e o que a Elisa não tem para a cidade do Porto. Uma análise certeira (e divertida, fartei-me de rir…) sobre a qual não conseguimos evitar um sorriso de condescendência pela pantomina do costume. Mas o João Gonçalves não referiu uma coisa que eu ouvi no discurso da Elisa. Trata-se de uma coisa que ela nem tem nem deixa de ter, mas é uma coisa indissociável das grandes tiradas socialistas. É que Elisa vai devolver o Porto às pessoas. Vai acabar com a gestão da pedra e vai dedicar-se às pessoas (SIC). Diz ela e quem sou eu para a desmentir? Até porque as pessoas têm medula como ela e as pedras não têm medula nenhuma. São isso mesmo – pedras, que só interessam àqueles que se esquecem das medulares criaturas e pautam as presidências pela prioridade à mineralogia.

Já cá faltava o jargão do costume. As pessoas, a mola real dos projectos e das intenções do Partido Socialista. Infelizmente o que se passa na maioria das vezes é que estes arroubos acabam com a mola pasmada. No caso de Elisa, esperemos bem que se ela tiver, como se presume e é expectável, a mola pasmada, não lhe caia uma pedra na cabeça.
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quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Espumante Dupont


[2955]

E eu ainda confirmo mais. No dia em que Manuela Ferreira Leite apresenta um pacote de medidas (boas ou más, não interessa, mas parece que boas, nem o próprio o negou) Peres Metello gastou um programa a fazer uma análise cuidada das medidas do governo, fazendo um "by-pass" ao pacote de MFL.

Há gente distraída, mas conforta saber que também há gente atenta…

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Brit's Awards

[2954]

Venceu a Duffy. Que me ocorra, há muito que eu não “chocava” com uma voz tão bonita, entusiasmante, classy e … endearing.

Confesso que mal conhecia esta mulher até ouvir, aqui há uns tempos esta Warwick Avenue. Do que ouvi de Duffy, talvez a canção que mais gosto (por estas e por outras é que eu não ando de metro…).

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Mas quem é que lhe encomendou o sermão?

[2953]

Não posso afirmar, mas juraria que ontem, à saída do tribunal de Cascais, Sá Leão terá respondido a uma jornalista que garantia que Júlio Monteiro não seria constituído arguido. Após uma pausa, acrescentou: - E o sobrinho também não.

Como não percebo nada dos meandros da justiça (sobretudo da nossa), até pode ser que esta afirmação se enquadre num fundo razoável de perfeita legalidade. Mas que me parece profundamente estranho que um advogado se pronuncie sobre entidades que não representa ou constitui, parece. Além de que apetece perguntar ao advogado quem é que lhe perguntou se Sócrates ia ser arguido. É que não ouvi…

ADENDA:
Acabei de ouvir a repetição da peça de reportagem. Confirma-se a afirmação. Mais rigorosamente, o advogado diz: -
E eu diria. Nem o sobrinho.

Assim é que está bem.
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O metro de Almada


Foto do GR

[2952]


Que impulso irreprimível pode levar uma pessoa inteligente e de fino humor a comparar o metro do Porto com o metro de... Almada, uma cidade de franja cá pela Mouraria? O humor, só pode ser o humor!

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S.C.Braga 3 S. Liège 0

[2951]

Cada vez se fala menos de futebol na blogosfera e eu até concordo. Mas tenho de fazer referência ao bom espectáculo futebolístico que pude acompanhar ontem ao chegar a casa, sobretudo porque nem me lembrava que havia jogo. Casa cheia, estádio bonito, futebol de fina água por parte da equipa portuguesa e um dos mais bonitos golos que pude observar, de há muito tempo a esta parte. Numa altura em que se valoriza os grandes golos, feitos de grandes pontapés, ver um golo resultar de uma belíssima jogada de renda até a bola se anichar no fundo da rede permite que se pense que ainda há lugar ao futebol espectáculo.

Parabéns ao S. C. Braga que, aliás, vem referido microscopicamente nas capas dos jornais desportivos, entre as parangonas do costume.
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Casamentos unissexuais

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Ler todo o texto aqui.

Manuel João Ramos terá feito falta no debate da RTP.
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quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Chutar para canto


[2949]

Evidentemente estou por fora dos meandros das discussões intergovernamentais sobre assuntos tão importantes como a sobrevivência da Quimonda e consequente destino das centenas de famílias que dela dependem. Isso não me impede de experimentar esta sensação estranha de que o governo do Partido Socialista está a atingir o ponto zero de dignidade e credibilidade, a avaliar pela forma como os assuntos são abordados e veiculados pela comunicação social. Ainda há pouco, por exemplo, ouvi o queixume do nosso ministro da economia, queixume amargo e acusatório, queixinhas, enfim, sobre a forma como ele, fez tudo para salvar a Quimonda. Eles, os maus, os alemães é que não respeitaram o que estava estabelecido. Manuel Pinho não diz o que é que estava estabelecido, nem isso parece interessar-lhe muito, mas presume-se que deveria ser qualquer coisa decorrente da extrema habilidade do ministro em salvar empresas. Acontece que os alemães foram sacanas, não respeitaram seja lá o que for que estava combinado (o ministro não diz…) e o resultado está á vista. Manuel Pinho tem agora sérias reservas sobre o futuro da Quimonda.

É evidente que os alemães não são santinhos mas muito menos este governo em geral e Manuel Pinho em particular têm qualquer coisa minimamente parecida com idoneidade e eficiência para tratarem seja do que for. Pelo menos, a avaliar pela reportagem, onde é flagrante a ideia de o ministro mais do que outra coisa qualquer estar preocupado em alijar responsabilidades, não é de conceder o menor benefício de dúvida.

Talvez esteja na altura desta gente perceber que é preciso falar, saber falar, verdade às pessoas e não fazer do seu próprio drama uma forma de propaganda política, sobretudo se, para isso, for necessário verter o odioso sobre outrem. Ou o caldo, um dia destes, entorna-se mesmo.
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Chuac!


[2948]

Nestes dias de convulsa discussão sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo, apetece-me desconstruir o emaranhado de teorias, teses, convicções, evidência científica e desabridas intervenções sobre a verdade única do amor entre dois indivíduos, independentemente do género, e eleger o beijo entre o homem e a mulher como um das mais elevadas manifestações de amor, desejo, erotismo, amizade, cumplicidade e paixão. Só o beijo de uma mulher consegue pôr um homem com a expressão do Donald, cabelos em pé e pingas de suor a espirrar do couro cabeludo, olhos semi-cerrados de gozo e surpresa pela magia “aparvalhante” decorrente de um beijo, e a mulher com a expressão coquete, sensual e apetitosa, olhos pestanudos, lábios molhados e cabeça a expelir coraçõezinhos vermelhos como nos postais de S. Valentim, como a da Daisy.

Peço licença para achar que não sou homofóbico (expressão totalmente errada, parece que a maioria das pessoas desconhece o significado de fobia, mas não quero desmerecer da vulgata semântica que percorre a espinha dos “prós”, apesar de bastar uma simples ida ao dicionário para tirar dúvidas), que tenho o máximo respeito pelo próximo e me é totalmente indiferente o que se passa na cama de cada um (penso que esta expressão "na cama com" vai perdurar, depois do último "Prós e Contras"). Tal qual agradecia que me deixassem em paz e não me violentem a razão e a paciência com a imposição de regras e conceitos científicos para justificar campanhas e movimentos claramente inquinados por posições e conteúdos políticos. Sobretudo quando estas posições políticas remetem para os suspeitos do costume, aqueles que dada a sua comprovada inabilidade para assumirem responsabilidades políticas mais elevadas, se entretêm alegremente a eleger as tais causas fracturantes como émulos da sua própria existência.
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terça-feira, fevereiro 17, 2009

Prós e Contras (não há como evitar...)


[2947]

Sobre o Prós e Contras de ontem, não concordo muito com esta ideia de que os "contras" foram cilindrados. Nem sempre a capacidade histriónica de alguns dos "prós" (incluindo os crónicos valetes de serviço) chega para cilindrar opiniões serenas e bem estruturadas como as do Padre Vaz Pinto e de um jurista (que não conheço), salvo erro de nome Pinheiro Torres. É verdade que intervenções infelizes como a do representante das famílias por vezes deitam a perder o contexto geral mas, por outro lado, os "prós" também tiveram os seus momentos de desgraça (e estou a lembrar-me dos termos desabridos e desarticulados da jurista magrinha que estava na mesa e de quem não me ocorre o nome).

Importante para Sócrates e para o Governo é que o essencial foi conseguido. Reabrir uma fonte de debate que precederá a eutanásia e a adopção e enquanto o pau vai e vem folgam as costas. Acolitado com eficiência pelos convidados permanentes, Sócrates vai levando a água ao seu moinho. Quanto ao debate em si, nada de verdadeiramente novo surgiu. Para além de que um casaco amarelo com meias azuis relevam de um gosto no mínimo duvidoso.

Nota: Via João Gonçalves apercebi-me deste post escandalizado de Miguel Vale de Almeida, Dizia ele “Como é que um ser humano normal se sujeita a ir ao programa de Fátima Campos Ferreira?” Uma semana depois desta dúvida pungente, lá estava ele a perorar sobre a matéria. De duas, uma. Ou não é um ser normal (e nada me indica que o não seja) ou descobriu a virtude num programa que abominava. São os segredos e os encantos da televisão.

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segunda-feira, fevereiro 16, 2009

Ou há moral...

[2946]

Tratando-se da presunção de inocência até prova em contrário, alguém me explica a razão pela qual em se tratando do primeiro-ministro se diz que anda a ser vítima de cabala, forças ocultas e campanhas negras e de Dias Loureiro se diz que mente e infecta a imagem do presidente da república?
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Medidas


[2945]

José Sócrates: - 96,43
Liliana Queirós: - 90,64,93

Rui Carmo em O Insurgente

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Verguenza na cara


[2944]

Maior vergonha que a sentida por António Costa é a que eu sinto quanto me apercebo das semelhanças do discurso de Chávez com as de Sócrates. Tenho dito repetidamente que Sócrates de tudo faz motivo para um discurso de tom comicieiro. Se for preciso dizer que o tempo amanhã é de céu pouco nublado a limpo devido ao ciclone dos Açores estar centrado a noroeste do golfo da Biscaia, Sócrates fá-lo com empolgamento, com ar de salvação da pátria ou, frequentemente, com arte de ralhete, tipo se o anticiclone de deslocou para norte e permitiu um avanço de uma massa de ar húmido, arrastando chuva e granizo, a culpa é de uma campanha de forças ocultas qualquer, de um ataque pessoal e político e ele bem que nos avisou antes.

Ouvir Chávez berrar que o facto de ele poder ser eleito indefinidamente é uma vitória da constância não anda longa do estilo e substância do discurso de José Sócrates, terceiro-mundista e pesporrente, hoje por hoje a criar um cada vez mais forte sentimento de intolerância. É que não há pachorra. E quando dou por mim a ouvir Chávez e a encontrar as semelhanças que citei, a coisa começa, realmente, a envergonhar.

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É preciso ter (muita) lata


[2943]

Tudo farinha do mesmo saco. António Costa resolveu prosseguir a tradição das catilinárias do Partido Socialista, sempre que é necessário sacudir a água do capote. Diz ele ser uma vergonha que durante os anos das obras do Terreiro do Paço o PSD não se ter "lembrado" de fazer os esgotos.

Estas declarações são de uma desfaçatez inaceitável e de uma desonestidade a toda a prova. Se eu fosse jornalista, muito provavelmente teria abundante material para demonstrar a ineficácia, a trapalhada, as derrapagens de custos, as obras mal feitas, mal pensadas e mal paridas, os tratos de polé, enfim, por que passaram a obras do metro do Terreiro do Paço. E esse material, lembro-me bem, deixa o PS muito tremido na fotografia. Como é, aliás, habitual, sempre que a competência e a probidade de métodos são chamados à pedra. Tanto quanto consigo lembrar-me os onze anos das obras e a derrapagem de uma mão cheia de milhões de euros têm a ver com as características inatas do Partido Socialista que, como é público e notório, acha que governar com eficiência é insultar a “concorrência” e esconder as suas próprias limitações e trampolinices. É assim uma espécie de cultura de claque de super dragões que o PS não hesita em usar sempre que precisa de atirar poeira para os olhos dos outros. Pasma-me é como a coisa vai funcionando…

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sexta-feira, fevereiro 13, 2009

Confessionário...


[2942]

O António de Almeida passou-me a bola. Vou então jogar e confessar oito particularidades:

1) - Gosto de uma boa mesa, com boa comida e boa gente. Onde se fale bem e coma melhor. Com qualidade. De preferência em pratos muito grandes, com pouca comida. E copos bem grandes;

2) – Não passo uma Quinta-Feira de estreias e tento ver tudo o que o cinema tem para me dar;

3) – Aprecio gente que fale bem, "alto, claro e bom som", lá diria o meu pai. Gente com dicção clara, bem articulada e isenta de modas do tipo “é assim” (exemplo, Carlos Vaz Marques). Tanto quanto me exaspero com gente que fale mal e use e abuse dos tais vícios e modas como o “então vá” ou “desde logo” ou com dicção enrolada e frequentemente imperceptível, amalgamando sílabas, comendo as partes finais dos vocábulos ou com bruscas variações fonéticas (exemplo, Marcelo Rebelo de Sousa);

4) – Não sobreviveria sem humor. O humor faz parte integrante do meu dia-a-dia e é, para mim, um inequívoco sinal de cultura. Sobretudo se usado com oportunidade e elegância.

5) – Gosto de gente. Gente interessada e interessante. Tanto quanto abomino gente vulgar (no mau sentido) e inculta porque sim. Sobretudo gente que arruma o carro por cima dos riscos dos "estacionamentos" e nem dá por isso;

6) – Apesar de continuados e genuínos esforços, não consigo entender a “esquerdofilia” em determinados círculos do nosso tecido social. Bem porfio mas não mato caça nenhuma. E espanto-me com a facilidade com que ela medra e se instala;

7) – Adoro pegar em duas mudas de roupa, meter-me no carro e… ir;

8) – Medito com alguma frequência na injustiça divina de nos ter sido concedida vida tão curta. Acho um desperdício não se chegar sequer aos cem anos. Por mim deveríamos viver pelo menos 400 anos, validados por uma integridade mental à prova do verdete. Como é que depois se acabava, não sei. Deixo isso para uma próxima “corrente blogosférica”.

E posto isto passo a bola a (seis, não é António?):

- Ana Gomes Ferreira
- Ana Vidal
- Carla Martins (Carlota)
- Cristina Vieira
- Cristina Silva
- Sinapse (da) Maia



ADENDA:
Diz o António de Almeida aqui na caixa de comentários que, afinal, são só seis particularidades e eu mencionei oito. Peço desculpa pela desatenção. Assim, só contam seis. As outras duas são como as gravações do Pinto da Costa. Toda a gente as vai ler (as particularidades) mas são ilegais. Não contam. Mas façam favor de ler à vontade.

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Fica a intenção


Carolina Salgado.
Fruta considerada já muito "tocada". Logo, pouco credível

[2941]


Afinal era tudo boatos. Não havia fruta, a testemunha não era credível (aparentemente por ter sido ela própria considerada uma peça de fruta, pelas instâncias jurídicas) e as extensas conversas frutícolas ao telefone que toda a gente leu não valem. Não são legais.

Prontos. Ficamos assim.

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Sexta-Feira, 13


Com estes olhos, alguém se interessa pela cor da gatinha?
[2940]

Vulgarizado, o azar esbraceja para manter estatuto. Esforça-se estoicamente para se dar ao respeito, deita mão de gatos pretos, escadotes, espelhos partidos, números e outros artefactos para o azar, ao mesmo tempo que oferece uma ampla panóplia de paliativos para se combater a si próprio. As pessoas dispõem hoje de uma gama extensa de medidas e pessoas dotadas de poderes sobrenaturais (!!) que evitarão que o azar lhes bata á porta. Mezinhas e unguentos, pedrinhas e ossos, alho e imagens mais ou menos religiosas, convicções sobre qual o primeiro pé a usar, cor de roupa e uma profusão de "professores Karambas" compõem terapêutica e profilaxia adequadas para os azares da vida.

E daí, talvez não fosse necessário tanto empenho do azar. Os portugueses mantêm a sua condição de fadados, “esgraçadinhos”, eleitos pelo mafarrico, que o mafarrico é o grande patrono das forças ocultas, para não darem trabalho ao azar. Ele existe, ele está lá, já os Távoras tinham azar e até o Sporting costuma ter um azar dos diabos com os árbitros.

Provavelmente os "Karambas" aumentarão hoje a sua clientela. Algo que me faz alguma confusão, dada a minha convicção até há pouco tempo que esta coisa de ossinhos, búzios, velas e rezas pagãs eram coisa dos “Brasis” ou, quando muito, da Zambézia, região moçambicana muito conhecida por condicionar os amores. Próprios e dos outros. Mas nós somos assim e eu já me habituei a perceber melhor o meu país. Se até o meu primeiro ministro acha que há forças ocultas e, mais grave, muitos dos seus correligionários acreditam, o melhor mesmo é dar ao dia de hoje a devida importância e escolher cuidadosamente a cor da gravata, ver se não há escadotes à porta e evitar diligentemente atropelar algum gato preto que se me atravesse na estrada. Sobretudo não partir espelhos.

Amanhã já a data será outra e o azar, para nosso azar, andará por aí. Como de costume. Por isso mesmo é melhor não lhe dar confiança.

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quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Plein soleil


[2939]

Homem de brisas frias, cachecol, neblinas, calor "fru-fru" no carro e luzes de presença, tenho de reconhecer que o sol ontem me soube bem. De há muitos dias a esta parte que ele não se mostrava e todos sabemos que o mais desejado é o que deixa de se ver. Sempre assim foi. Lisboa banhou-se ontem naquela luz que todos dizem ser dela própria e tornou-se mais bonita. Sobretudo porque o frio permanece e proporciona momentos de grande prazer quando nos postamos numa esquina, ao sol, esperando um amigo ou a companhia do almoço. Ali para os lados da Estrela, pareceu até que as árvores iniciaram o processo de regeneração anual começando a aparecer as pontinhas das primeiras folhas. E o jardim, inalterável no cenário da folha persistente, parecia ter ontem cores mais vivas também. Tenho de admitir que o sol faz inevitavelmente parte da paleta da natureza.

Nota à margem: A polícia municipal continua furiosamente a bloquear viaturas estacionadas à volta do largo contíguo ao Hospital Militar. Os carros estão em transgressão mas, num cenário de condescendência, não causam engulhos a ninguém. Ao mesmo tempo, a Sant’Ana à Lapa continua pejada de carros estacionados, apesar do sinal de proibição de paragem. Circular ali requer malabarismos só passíveis de se aprender num circo. Lisboa tem sempre coisas que tiram a graça ao sol…

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Tem de ser com calma

[2938]

Eu sei que a coisa começa a roçar o preconceito, eu sei. Mas a verdade é que de cada vez que o PS se mete a patrocinar uma causa, o oportunismo, a vacuidade e arrogância são de tal forma que tendencialmente me sinto impelido, de imediato, a colocar-me no campo contrário. E não pode ser. Questões tão delicadas como a eutanásia (recentemente suscitada, de novo, com a caso Eluana) não podem ser reflectidas com esta ligeireza. Tenho de me abstrair do que oiço e vejo para os lados dos socialistas para, em consciência, poder formar uma opinião. Boa ou má, mas isenta deste preconceito irritante, desta necessidade intestina e irreprimível de me demarcar das posições do Partido Socialista. De outra forma, não há condições!
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quarta-feira, fevereiro 11, 2009

Gritaria


[2937]

Estou a trabalhar e a ouvir em som de fundo o debate ( ??? ) na Assembleia.

É impossível não sorrir quando oiço, como agora, Sócrates aos berros a invectivar Paulo Portas no sentido de que ele, Portas, grita muito. E que os gritos, por si, não dão razão a ninguém.

Ouvir Sócrates aos berros (como de costume) queixar-se dos berros dos outros é algo que ultrapassa a compreensão de qualquer de nós. E é, sobretudo, deprimente.

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terça-feira, fevereiro 10, 2009

Ah! Ah! Ah!


[2936]

ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! eh! eh! eh! eh! eh! eh! eh! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! eh! eh! eh! eh! eh! eh! eh! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! eh! eh! eh! eh! eh! eh! eh! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! eh! eh! eh! eh! eh! eh! eh! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! eh! eh! eh! eh! eh! eh! eh! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! eh! eh! eh! eh! eh! eh! eh!

Peço desculpa mas ainda me estou a rir.

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ah! ah! ah! ah! ah! ah!

[2935]

ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! eh! eh! eh! eh! eh! eh! eh! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! eh! eh! eh! eh! eh! eh! eh! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! eh! eh! eh! eh! eh! eh! eh! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! eh! eh! eh! eh! eh! eh! eh! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! eh! eh! eh! eh! eh! eh! eh! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! eh! eh! eh! eh! eh! eh! eh!

Via O Insurgente

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A tristeza da Fernanda


Duas laranjeiras. A da direita está atacada pelo virus da tristeza dos citrinos (muito comum na península Ibérica)

[2934]


A Fernanda foi invadida pela tristeza. Quando fenece o número de fracturas sociais e outras cambiantes, a sua fórmula de estrutura dispara para a azia que lhe provoca a opinião de outrem. Desta vez é Mário Crespo. Mário, por muito que irritem a languidez do seu timbre de voz e o défice de decibéis do discurso, é jornalista. E, nesta qualidade, qualifica-se para emitir opiniões. A menos que haja jornalistas que podem ter opiniões e outros que não podem.

Mário Crespo escreveu um artigo de opinião e a Fernanda não gostou. Pior. Achou muito mal. Daí que lhe tenha sobrevindo a máxima tristeza.

Façamos de conta que estamos todos tristes com a tristeza da Fernanda.
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segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Scolari despedido


[2933]

Preparemo-nos para uma sessão de orgasmos múltiplos a norte do Vouga.

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A náusea


[2932]

Apercebo-me pelo João Gonçalves que Mário Soares vem de novo por aí. Depois das passeatas com Clara Ferreira Alves, vemos que a RTP vai perpetuando a náusea, com a criatura a falar de liberdade, da Pide, to Tarrafal, de Caxias e Peniche, da luta, do exílio, da solidariedade, do capitalismo, do socialismo democrático, da libertação, dos povos, da implosão da União Soviética (uma implosão que dá imenso jeito às teorias do socialismo democrático), das polícias, da delação, da tortura, de tudo, enfim, que mantém viva a imagem de uma personagem que descobriu e mantém a única forma de manter viva a sua vanidade.

Bem podíamos questionar a razão pela qual não se privilegia mil e um temas de interesse público, mais mil e um temas enriquecedores da nossa cultura, em vez desta saga idiota de nos agarrarmos aos méritos de uma revolução datada e empenada, tal qual nos agarrámos aos descobrimentos. Abona muito pouco em favor de todos nós como povo e como nação. Sobretudo no presente, num mundo novo, cheio de coisas descobertas e por descobrir e onde muitos de nós vão conseguindo acomodar o seu engenho, mas no qual, lamentavelmente, continuamos a valorizar esta forma anquilosada de premiar o ego de um punhado de “combatentes da liberdade” que nada mais têm para nos oferecer senão o bafio da sua vaidade. Mas o regime gosta, aplaude e colabora. O que também não abona muito o seu mérito.

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domingo, fevereiro 08, 2009

Porto 1 Benfica 1


[2931]

Quando um árbitro vê uma coisa que não é coisa nenhuma e ainda por cima está em cima da jogada, não há lugar a especulações sobre interpretação dos lances. Daí que só pode ser batota pura. O costume…


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As felosas do Lumiar


[2930]

Sporting 2 Braga 3.

Impressiona sobretudo a facilidade com que os jogadores do Sporting conseguem acertar no adversário, de cada vez que tentam executar um passe. De resto, saltaricam pelo campo, bicam aqui, tropeçam ali e exasperam a própria calma.

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Corta-Fitas


[2929]

Parece que foi ontem, mas o Corta-Fitas acabou de completar três anos.
Aqui ficam as sinceras felicitações de um leitor fiel.

Tchin Tchin

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Que bom que vai ser, não foi? ( 3 )


[2928]

A ideia brilhante poderia muito bem ser entregar o poder ao Bloco. Deixá-los resolver o problema dos desempregados e das desempregadas, fazer uma banca lá á moda deles, proibir despedimentos e o patati-patatá que se lhes conhece. Seria uma medida dura mas quiçá eficiente para, de uma vez por todas, acabar por pôr os portugueses e as portuguesas de pantanas, de economia destruída, sem sector produtivo e naturalmente marginalizados (e marginalizadas, xiça que já me passava…) pela Europa. Porque era o que inevitavelmente aconteceria. E, no estertor, quando Portas engendrasse um entendimento com Chávez (teria até 2049, no sweat), Morales, Castro ou o homem do Equador, para deitar mão a “isto”, arranjava-se um outro vinte e cinco de Abril que pusesse esta rapaziada na ordem e lhes desse um democrático e higiénico pontapé no traseiro.

Seria uma dolorosa experiência, mas talvez a única forma de explicar aos portugueses e às portuguesas para onde nos levou este complexo de esquerda mal resolvido.

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Que bom que vai ser, não foi? ( 2 )


[2927]

Desenganem-se aqueles que vêem no delírio metafórico dos leporídeos de Louçã uma vulgar manifestação homofóbica. Ele frisou bem, se for um casal. Mas que não fosse e nada impediria que se produzisse legislação sobre o direito dos casais de coelhos do mesmo sexo à adopção. Com muitos leporídeosinhos adoptados, a continuidade acaba por ficar assegurada. Mais década menos década o incesto será uma das causas fracturantes a tratar e haverá um Sócrates qualquer que dirá, dedo no ar e olhar severo, que chegou a altura de tratar tão candente problema (entenda-se a legalização do incesto coelheiro).

A mim, o que verdadeiramente preocupa não é um político delirante debitar monstruosidades como as que ultimamente temos ouvido a Louçã (adorei a da coelhada e a da banca pública), a Drago (o seu sorrisinho coquette a dizer que temos de arranjar um presidente de esquerda), Portas a achar que tem de pôr Durão na rua, tudo isto são delírios próprios de quem, sem saber bem o que diz e, menos ainda, se veja na concreta possibilidade de vir a integrar o governo da República. É uma razão plausível para esta bebedeira de pré-poder. O que realmente me preocupa é viver num país onde os delírios desta gente calam no âmago das pessoas e o Bloco suba vertiginosamente nas sondagens. Assustador.

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Que bom que vai ser, não foi?

[2926]

Os delírios de Louçã em letra de forma. A cena coelheira vem a partir dos 1:30 minutos.Mas há de tudo. E não faltam os desempregados e as desempregadas.

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sexta-feira, fevereiro 06, 2009

Por via das dúvidas, organizemo-nos


Clicar na foto para ver bem

[2925]


O sol anda a romper por aí. Goze bem o fim-de-semana. Transforme um obamístico Yes I can em versão portuguesa e diga com arreganho Yes I weekend. E se lhe fenece a imaginação, dê uso ao bloquinho de "post it" que tem aí mesmo à mão de semear, na gavetinha da secretária do computador. Por via das dúvidas…

Bom fim-de-semana

Recebida por mail (a foto)

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Cor, perfume e movimento


[2924]

Passa uma borboleta por diante de mim
E pela primeira vez no Universo eu reparo
Que as borboletas não têm cor nem movimento,
Assim como as flores não têm perfume nem cor.
A cor é que tem cor nas asas da borboleta,
No movimento da borboleta o movimento é que se move,
O perfume é que tem o perfume no perfume da flor.
A borboleta é apenas borboleta e a flor é apenas flor.

Fernando Pessoa
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Conversa de pipis e de pirilaus


[2923]

Entremeado nas notícias da manhã, já ouvi duas vezes o anúncio do programa desta manhã da 4, na voz esganiçada de Luís Goucha. Diz ele para não faltarem ao programa, porque os temas incluem um homem que tem sexo diário com a mulher mas, mesmo assim, não consegue evitar a masturbação diária. Às escondidas, atenção. Também há uma jovem que sofre muito porque tem a vagina muito larga. Há ainda um outro tema que mete pirilaus mas confesso que não consigo lembrar-me. Resumo. Vai ser uma manhã didáctica e toda a gente deve chegar à hora de almoço devidamente instruída sobre os benefícios da masturbação (às claras, bem entendido) e perfeitamente aconselhada sobre a forma de tornar a vagina estreita. Ou, “vai-se a ver” e a vagina não é nada estreita, elas é que têm tido relações sexuais com homens de pirilaus fininhos.

Ah! Já me esquecia. No meio do anúncio, Luís Goucha sibilava que no tempo dele, vejam bem, diziam-lhe que a masturbação fazia mal à cabeça. Coitado do Luís Goucha!

Não precisa tudo de ir ao médico?

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Eles e elas


[2922]

«Eu cá gosto é de malhar na direita e gosto de malhar com especial prazer nesses sujeitos e sujeitas que se situam de facto à direita do PS são das forças mais conservadoras e reaccionárias que eu conheço e que gostam de se dizer de esquerda plebeia ou chic»

Por mim, gosto é dos socialistas e das socialistas, daqueles e daquelas que dizem que quem se mete com o PS leva, "mai-los" e "mai-las" que acham que vão partir as fuças aos reaccionários e às reaccionárias e ainda aqueles e aquelas que, como o inenarrável Santos Silva, gostam de malhar nos sujeitos e nas sujeitas.

Sonho com o dia em que os cidadãos e as cidadãs do meu país percebam o logro destes socialistas e destas socialistas que nos obrigam a uma condição de hermeneutas e hermeneutas permanentes e tolerantes e que, sem rebuço nem respeito pela língua, continuam a falar connosco em padrões adequados àquilo que eles acham a correcta expressão de diferenciamento do género. Porque, homens e mulheres, somos todos iguais, lá diz a cartilha. Mas temos de ser cuidadosos e cuidadosas e não ligar ao reaccionarismo implícito nos substantivos e adjectivos de dois géneros – claramente uma invenção discricionária, uma corruptela da direita, decorrentes do aviltamento da língua e das forças ocultas e campanhas negras para a supremacia do masculino.

Por mim, pertenço ao número daqueles e daquelas que estamos fartos e fartas desta idiotia militante.

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quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Tempestade perfeita?


[2921]

Maputo, 3 de Fevereiro de 2009, 23:00.

Foto de Eduardo Silva

Tempestade típica de Verão abatendo-se sobre a cidade, não faltando mesmo um raio a sul, lá para os lados de Catuane. Clicando na foto pode-se ver bem a 25 de Setembro inundada, bem assim como o largo do ministério do comércio e o Forte. Logo atrás, a entrada para o cais de cabotagem e um pouco mais atrás ainda o edifício isolado do ministério dos transportes.

Também se reconhece com facilidade o prédio da Emose, o Continental, o Scala, mais à frente, o BIM e a Casa Coimbra. Cá mais para o fundo da foto, o edifício dos CTT.

As tempestades desta época do ano formam-se normalmente a partir da concentração de massas de ar quente e seco vindas do Norte em rajadas de 30 a 40 nós. Estas massas de ar concentram-se a sul de Maputo por alturas da Ponta do Ouro ou, já em território sul-africano, em Richard's Bay e forma-se um centro de baixas pressões. Com os barómetros a descer vertiginosamente, o vento "vira" e sopra de Sul arrastando pesadas massas de humidade que se abatem impiedosamente sobre a cidade em chuvadas torrenciais. E a cidade, durante a tormenta, fica ainda mais bonita e coquete, e entrega-se ao Índico revolto num jogo de amores violentos. Ou não fosse África uma terra bruta. Tão bruta que nos marca brutalmente. Como provavelmente nenhuma outra parte do mundo.

Após a tormenta, o sol brilha de novo, a temperatura volta ao normal, as águas escorrem para o mar e as acácias e casuarinas readquirem a compostura. Maputo distende-se, de novo, lânguida, e retoma a serenidade, deixando-se então beijar pelas águas mornas do mar tranquilo com que ela namora todos os dias
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Postais de BXL


[2920]

O Postais de BXL, que agora só mostra postais de NY e da Afurada quando a dona vem de férias ao pedaço, faz três anos.

O Blogue é óptimo e a dona é super. Aqui ficam os meus parabéns e os votos de que possamos continuar a ler as "desventuras" de uma cidadã de here, there, anywhere, always portuguese, Portugal, mesmo quando boarding a five star hotel onde ela gostaria de viver.

Cheers


(excepcionalmente e por razões óbvias substituo o Tchin Tchin e a habitual taça de espumante por um classic american toast with a classic dry martini olive in a chilled martini glass)

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Revolutionary Road


[2918]

Depois de ver o American Beauty, o Revolutionary Road parece-me um imenso flop. Nem di Capprio me fez esquecer Spacey e muito menos Winslet me apagou a Annette Bening das suas extraordinárias interpretações à altura. A própria história parece-me algo inverosímil num casal da suburbia americana, apesar das épocas diferentes (a acção de Revolutionary Road situa-se nos anos cinquenta).

Isto não é uma crítica, que eu não sou crítico de cinema nem o sei ser. Mas receio ser trucidado, tanta e tanta gente alcandorou o filme aos píncaros da lua e, mais, Kate está até nomeada para a estatueta. Dizia que isto não é uma crítica, é apenas a impressão de uma pessoa como eu, amante de cinema e que foi ver este filme na peugada da obra-prima que era o American Beauty e no engodo do génio de Sam Mendes a tratar os temas sociais da classe média americana. Por isso mesmo o melhor é mesmo irem ver.

Nota: Há um excelente momento no filme quando o filho de um casal amigo de Frank e April diz uma série de verdades, apesar do seu alegado desarranjo psíquico. Por mim, pouco mais ficou.
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Desmentidos ( ? )


[2917]

"...The United Nations has reversed its stance on one of the most contentious and bloody incidents of the recent Israel Defense Forces operation in Gaza, saying that an IDF mortar strike that killed 43 people on January 6 did not hit one of the United Nations Relief and Works Agency schools after all..."

Como de costume, estas notícias aparecem na altura como labaredas gigantes, as pessoas impressionam-se muito, alguns blogues exercitam a sua prosa indignada e proeminentes figuras da esquerda nacional vão mesmo a Gaza tirar fotografias e comentar as atrocidades israelitas para rádios e televisões atentas (?) veneradoras e obrigadas, a bem da nação correcta, moralmente superior e constitucionalmente socialista. Mais tarde, quando um coordenador humanitário das nações Unidas, Maxwell Gaylord, faz um desmentido já requentado pelo tempo e discreto, dizendo “…that the IDF mortar shells fell in the street near the compound, and not on the compound itself. Gaylord said that the UN "would like to clarify that the shelling and all of the fatalities took place outside and not inside the school…" , a coisa passa discreta e toda a gente continua a pensar que os israelitas acordam de manhã e começam, ao pequeno almoço, a fazer contas quanto ao número de criancinhas de escola e doentes com baixa que vão matar nesse dia.

Também se passa um problema "menor" como o de o Hamas estar a interceptar cobertores e comida para as vítimas da tragédia de Gaza. Ninguém explica bem porquê, mas eu lembro-me do tempo (e vi) em que sacos de cereais com os dizeres NOT FOR SALE – AJUDA DO POVO AMERICANO eram objecto de venda livre nos mercados de vários países africanos. Não sei como é que funciona em Gaza, o Miguel Portas podia ajudar com uma das suas viagens à nossa cidade gémea, mas desconfio que ao preço a que estão os cobertores e a comidinha, muito provavelmente esses “goods” estarão a conhecer outros destinos que não os seus legítimos e infelizes destinatários. De certo modo, entende-se. Os heróicos lutadores do Hamas têm frio e fome e precisam de libertar os palestinianos. E frio e fome por frio e fome antes os civis que só atrapalham e cujo único préstimo visível é servirem para os camuflar em escolas e hospitais quando os israelitas atacam.

Via A Origem das Espécies.

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