sexta-feira, novembro 30, 2007

Política pura e dura

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Não há como fugir. Mais tarde ou mais cedo!

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Vejam lá em que é que ficam



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Uma trabalhadora de uma junta de freguesia parece estar doente e afirma-se inapta para trabalhar, apesar da Caixa Geral de Aposentações achar o contrário.

O ministro das finanças aparece na televisão (uma coisa que o PS sabe fazer na perfeição) e mostra-se escandalizado com a situação. Pesaroso e compreensivo, manda a senhora para casa, com um discurso apropriado a puxar mais lágrimas que o fado da coxinha.

Os portugueses rejubilam com este gesto. Afinal tínhamos um governo que pensa nas pessoas, expressão que nos é muito cara (eu diria, mesmo, caríssima…), em que até um ministro das finanças se comovia com a desgraça alheia e com as incongruências do aparelho de estado.

Passa o tempo, cerca de dois meses, creio eu, a senhora vai a nova junta médica e esta reitera o seu parecer médico inicial – a senhora pode trabalhar. A Caixa, naturalmente, acaba por negar, de novo, a reforma antecipada, com base no parecer médico. Os jornalistas caem em cima da senhora, esta diz que lhe doem as costas, está muito cansada e que só pode ir trabalhar de ambulância. O ministério das finanças, contactado para comentar, não quis fazer comentários. E eu fico sem saber se temos juntas médicas com médicos irresponsáveis ou se temos um ministro idiota. Ou, ainda, se vivo num país real.

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Ralhete: Preciso de mais 500 milhões, perceberam?



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A expressão de António Costa a anunciar ao País que só poderia continuar a governar a capital desde que lhe fosse assegurado um novo financiamento de €500.000.000 é um exemplo claro, e do mais puro, da forma como os socialistas lidam com as grandes questões nacionais. Primeiro porque falam de centenas de milhões como se falassem de trocos para a mais nova comprar pastilhas, depois, porque revelam uma autêntica irresponsabilidade na forma como sempre se habituaram a desbaratar os fundos públicos e depois afivelam a máscara de pedagogo zangado com que um educador se dirige à miudagem, acabada de cometer um pecadilho qualquer.

Por outras palavras, é conhecida a forma como a Câmara Municipal de Lisboa criou, manteve e patrocina uma pesadíssima estrutura da autarquia com um número incontável de organismos e empresas que absorvem um fluxo enorme de fundos para o pagamento dos respectivos mentores e funcionários. Tudo no âmbito daquilo em que o PS é mais eficaz, leia-se fazer oposição quanto está na oposição, dar emprego aos clientes quando no poder. Pois António Costa, uma vez mais, em vez de num assomo de coragem que só lhe ficaria bem anunciar a extinção pura e simples de várias estruturas de que a única virtude que se lhes conhece é a de sorvedouro de fundos públicos, acha que é muito mais fácil ir buscar mais 500 milhões (!!) de Euros à banca. Aprimora a atitude com a tal expressão de ralhete, em que os munícipes idiotas ou distraídos acabam por ter culpa da falência e pena de Costa, coitado, que num lugar de tanta responsabilidade não deve ter tarefa fácil.

Finalmente e felizmente há sempre um PSD anódino que de duas uma: ou patrocina o desmando aprovando-o em Assembleia Municipal ou chumba-o e assume o ónus da responsabilidade pela ingovernabilidade da autarquia.

ADENDA: Ler ainda este post do JCD no Blasfémias.

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"Óasises" da bola



[2176]

Já por mais de uma vez dei comigo a pensar que os portugueses têm uma capacidade intrínseca de ultrapassar os limites daquilo que vulgarmente se poderá designar por falar mal. São frequentes os exemplos de construção de frases sem erros de morfologia ou sintaxe mas com um sentido que só um bom portuga pode engendrar, frequentemente sabendo mesmo o significado dos vocábulos que utilizam. Agora sou eu que estou para aqui a meter os pés pelas mãos e o melhor é mesmo ir direito a um exemplo que ouvi ontem na rádio:

O jogador do F. C. Porto Pedro Emanuel, questionado sobre a tremenda derrota dos dragões em Liverpool disse que o desaire tinha sido um caso isolado, era preciso não esquecermos a carreira que a equipa tinha vindo a fazer com uma série de vitórias. Portanto, aquela derrota em Liverpool tinha sido um oásis.

Lá está, caso isolado, oásis, pois então!

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quinta-feira, novembro 29, 2007

Afinal é preciso pagar contas


[2175]

Cumpridas as cortesias, leia-se recordes de assadores de castanhas para o Guiness, trânsito fechado no Terreiro do Paço devolvido às pessoas e arraiais em sessão contínua na baixa lisboeta, pinturas de novas passadeiras para o trânsito e conúbios estranhos com o Zé que era do Bloco e que agora parece que já não é bem assim, eis que António Costa reparou que tem contas para pagar e acha que tem de pedir mais 500 milhões que a CGD já disse que emprestava.

O PSD faz o seu papel, dizendo umas frivolidades pelo caminho, mas o destino está traçado. E ou há cinco milhões ou António Costa demite-se. E a falta que ele me faria, se demitisse.

Chiça. Dêem lá o empréstimo ao homem que eu quero mais passadeiras pintadas e pevides nos Jerónimos…


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Fugir está caro...


[2174]

Afinal parece que a fuga de Fátima Felgueiras foi custeada pela própria Câmara. Estava a ver se a pobre senhora tinha tido de fugir para o Brasil e arranjar advogado a custas próprias. Isto de ser autarca ainda é o que era. Mas cheguei a tremer pela saúde financeira da senhora. É que a vida está que já nem se pode fugir…


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Estudar

[2173]

Os portuenses continuam a sua acção frenética de discutir, propor e, se possível aprovar, a localização do novo aeroporto de Lisboa.

Independentemente da perfeita bagunça que por aí vai com o assunto, rebolo-me de gozo só de pensar o que diriam os puristas das Antas, da Foz ou do Passeio Alegre se um grupo de lisboetas desatasse por aí a fazer estudos sobre a localização de um novo aeroporto Sá Carneiro.
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SMS's em "pouca-terra"


[2172]

A propósito de telefones. Uma viagem de comboio Cais do Sodré/Cascais mostra-nos uma elevadíssima parte dos passageiros agarrada ao telefone. Teclando furiosamente sms’s, sabe-se lá para quem. A esmagadora maioria dos teclantes é constituída por mulheres. Novas e velhas, gordas e magras, feias e bonitas. Todas teclam freneticamente o quadro mágico de algarismos e letras que as transportam a um qualquer mundo muito longe do comboio em que viajam. Ao marido dizendo que estão a chegar, à colega a pedir desculpa por qualquer coisa ocorrida durante a tarde, ao amante, para lhe dizer como vão ainda envoltas no encanto das nuvens crepusculares de amores serôdios lhes renovam o corpo e o espírito e que há pouco se interrompeu num qualquer hotel de Lisboa, ou ao senhor José para saber se já lá foi colocar a máquina de lavar que foi para arranjar. Ou, então, para dizer nada a ninguém.

Algumas vezes me pergunto se algumas das mensagens chegarão alguma vez a ser enviadas ou se o simples acto de teclar constitui uma forma de matar os minutos que as separam de casa. Vá-se lá saber. Um dia destes vou de comboio outra vez e vou tentar descobrir...


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Tracinho se

[2171]

O nosso original poder criativo continua de braço dado com o bom gosto. Durante uns tempos a expressão Fónix vai inundar a paróquia, enquanto discamos o nosso TMN, Vodafone ou Optimus.
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quarta-feira, novembro 28, 2007

Blue Lounge


[2170]

O Blue Lounge, outro dos meus favoritos de leitura diária fez dois anos. Aqui fica um grande abraço ao RAF e não deixo lagosta porque elas andam muito fechadas com o frio!

Parabéns e Tchin Tchin.
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Que bom, que agora não me vão controlar...



[2169]

Luísa Mesquita foi expulsa do PCP. Sem conhecer o assunto por dentro, ouvi as notícias com a maior naturalidade. E espanta-me a aparente surpresa de alguns especialistas políticos da nossa praça, sobre o assunto. Pela minha parte, limito-me a pensar que uma senhora da faixa etária de Luísa Mesquita que, aparentemente, descobriu apenas agora todas as malfeitorias do comunismo, de duas uma, ou andava distraída ou chateou-se com alguém. Em qualquer dos casos fica-lhe mal vir agora com tiradas do género que finalmente pode trabalhar á vontade na Câmara sem se sentir vigiada a verem se anda a gastar papel timbrado do Partido. E eu digo isto porque uma pessoa de meia idade como ela, com muitos anos de partido, certamente que terá ela própria, exercido muita vigilância, muitas vezes, do género da que ela agora reprova. Senão, era capaz de ter sido expulsa há muito mais tempo...

Stinks!
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Fazer bebés



[2168]

Desde que Cavaco Silva disse, muito claramente e a propósito da nossa muito baixa taxa de natalidade, que tínhamos de fazer bebés, que corre pela blogosfera uma torrente de teorias de como fazê-lo. Economistas, liberais, intelectuais de esquerda (perdoe-se a redundância, afinal os intelectuais são sempre de esquerda, eu sei), broncos de direita, políticos de bancada e avulso, autarcas, banqueiros, teóricos e pensadores, escritores e até passageiros de longo curso da TAP discorrem sobre a magna questão de como fazer bebés.

Por mim, continuo a pensar que esta é a melhor forma. Mas estou disposto a aceitar discussão alargada sobre o assunto, para enriquecer o meu conhecimento. E continuarei a prestar a maior atenção, não vá inventarem para aí alguma forma mais ou menos kafkiana que facilite a coisa e que veicule o progresso da orbi.
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terça-feira, novembro 27, 2007

"Lá para o fim de semana" operam-na



[2167]

Já passei dois dias no Curry Cabral e gostei da forma como fui tratado e disso mesmo aqui dei conta. Dois anos mais tarde, uma amiga minha lembrou-se de fracturar o colo do fémur (eu pensava que o colo do fémur era uma coisa que só se fracturava nos idosos e, mesmo esses, cheios de osteoporose, afinal também acontece aos jovens…) na quinta-feira passada. Hoje, terça-feira, a única coisa que ela sabe é que tem uma fractura e que tem de ser operada. E mais não dizem. Anteontem uma enfermeira condescendente acabou por dizer-lhe que o cirurgião que a vai operar está de férias mas que lá para o fim-de-semana é capaz de a poder operar. E mais não disse aos costumes.

A minha amiga está atirada para uma cama, entalada, e com um peso a esticar-lhe a perna. As enfermeiras passam e tornam a passar. Atendem-lhe os pedidos e servem-lhe as refeições. Ainda nenhuma lhe explicou exactamente o tipo de fractura, porque é que iam operá-la, o que é que lhe iam fazer, enfim aquela informação mínima a que uma pessoa tem direito. Especialmente se o corpo é nosso. Mas há aquela atitude tipo não vale a pena explicar coisas a quem não percebe nada do assunto, que me irrita profundamente. Faz lembrar alguns mecânicos que eu conheço e a forma displicente como se dirigem a uma mulher, quando esta vai à oficina deixar o carro para a revisão e desata a fazer perguntas estúpidas.

É a tal questão de os portugueses acharem (quase todos) que estão a prestar serviços para os quais foram claramente subestimados. Por isso, o que é um paciente tem agora de lhe dar para de saber o que é lhe vão fazer ao fémur na operação? Que espere pelo médico, que lá para o fim-de-semana "deve de" poder operar…

P.S. As brasileiras foram um óptimo factor de melhoria de atendimento ao público nas lojas. Não haverá enfermeiras dispostas a emigrar?

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Eu é que sou burro?



[2166]

Scolari chegou esta manhã da África do Sul. Mostra algum retraimento junto dos jornalistas, com receio de perder a cabeça outra vez,

Senhor Scolari, não se retraia. Você pode ter uma saudável dose de sangue quente a irrigar-lhe uma guelra ou outra. Mas quando for assim, lembre-se que para além de você ter vindo a prestar um meritório (eu diria que único) serviço à selecção, tem vindo igualmente a demonstrar um notável poder de contenção perante a indigência mental de alguns jornalistas da nossa praça, a avaliar pelas perguntas que lhe fazem. Quanto aos comentários de gente pretensamente mais intelectualizada a norte da área de serviço de Antuã, considere isso uma Pintodacostice barata e sem expressão.

Entretanto vá lá acertando o timinho e dê-nos mais um par de alegrias e continue a contribuir para o nosso prestígio.
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31 da Armada


[2165]

O 31 da Armada, minha leitura diária, completou já um ano.

Parabéns e Tchin Tchin
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segunda-feira, novembro 26, 2007

E os sacanas dos filmes americanos e dos cow-boys que não nos largam. Passam a vida a influenciar-nos...



[2164]

Cá para mim, o problema das estrelas do nosso universo político é levarem-se muito a sério. Acabam por acreditar no que dizem e depois quem se lixa somos nós, mexilhão desta rocha lusitana onde o mar da idiotia bate a todo o instante.

Sem mais comentários a este vídeo delicioso ( o senhor já está neste posto há dois anos). Excepção para os beijinhos que a eminente figura pespega na secretária.

Via 31 da Armada

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VPV vs MST


[2163]

Vasco Pulido Valente dá uma sova imensa em Miguel de Sousa Tavares a propósito do Rio das Flores, no Público.

Fica aqui, com a devida vénia, neste comentário a um post do João Gonçalves do Portugal dos Pequeninos, a transcrição da crítica ao livro por Vasco Pulido Valente, no Público, com link indisponível. Entre outras coisas, ficamos a pensar se não andamos a ler os livros errados, como diz a JCD do Hole Horror.
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Almoçar com Miguel Sousa Tavares




[2162]

Miguel de Sousa Tavares entrega-se, no último Expresso, à corrente da moda recente envolvendo-se numa onda de simpatia para com Chávez. Sousa Tavares fá-lo de um forma subtil. Acha que Chávez chegou ao poder por golpe de estado mas que se fez eleger (!...). Acha que um demagogo é sempre perigoso, mas de um demagogo na Venezuela não pode vir grande mal ao mundo, mesmo com petróleo. Acha uma data de coisas mas acaba sempre por considerar que Chávez ou é inimputável e deve ser desculpado ou é a expressão pueril do poder latino-americano e acha, finalmente que Bush é muito mais perigoso. Porque os negros da Flórida não votaram nele e que na necessidade de almoçar com Bush ou com Chávez, almoçaria sempre com Chávez.

Apesar da extensão da crónica, MST não explica bem porquê esta questão da companhia para o almoço. A coisa acaba por ser tratada assim como uma espécie de assunto do FCP em que MST reage como se sabe. Não almoçava e pronto.
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Outro a dizer que esta polícia não é dele



[2161]

É um conflito antigo, este da esquerda com a polícia. Desde os primórdios da república que os portugueses em geral foram educados no sentido de que a polícia era o inimigo. Enquanto noutros países as diferentes polícias eram tomadas como um auxiliar precioso na vida dos cidadãos, em Portugal foi-se pelo caminho contrário. Lembro-me bem como na minha juventude, bater num polícia e fugir (lá está o que Franco dizia…) era um valioso elemento para o currículo.

Por outro lado a polícia era mal formada. Agentes praticamente analfabetos eram ensinados a lidar com o poder à base do cassetete e a relação com os cidadãos era exactamente caldeada nessa mistura de cassetete e ignorância bruta, enfeitada com um bigode óptimo para comer caldo verde, para usar a ideia do Bruno Nogueira.

A polícia hoje está diferente, para melhor, apesar de muitas falhas. Mas vir um inspector geral da Administração Interna, António Clemente Lima, dizer para o Expresso o que disse, fazendo um exercício politizado entre a actuação da nossa polícia e os cow-boys do Estados Unidos , afirmar que a GNR encara o cidadão comum como o inimigo e que os polícias andam a ver muitos filmes americanos é reincidir na tecla gasta da esquerda ao longo de décadas - isto para não mencionar o facto de muitos acharem ainda que a situação é inversa, que os polícias é que são o inimigo a abater (lembro-me bem da reacção de Valentim Loureiro quando a mulher foi interpelada pela GNR sobre uma violação de trânsito) e que a esquerda em geral continua a usar as polícias como um veículo de expressão ideológica. No caso vertente, dá para perguntar o que é que a inspecção geral da Administração Interna tem andado a fazer até agora.

E.T. E o ministro da Administração Interna não diz nada?
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domingo, novembro 25, 2007

Os nélsons



Nélson. Date of birth: 10.06.1983- www.uefa.com

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A propósito do acordo ortográfico que vem por aí. Alguém me sabe explicar porque é que o nome Nelson passou a ser acentuado? Curiosamente o corrector do PC dá erro.

Tudo começou com um futebolista que foi jogar para o F.C.Porto como defesa e se chamava Nelson (hoje há, pelo menos, mais dois. Um do Benfica, na foto acima, e outro no Estrela da Amadora). Daí a todos os Nelsons da terra passarem a levar com um acento agudo em cima foi um passo. O meu computador não aceita o acento. Eu, se fosse Nelson, também não aceitava…
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O Fio Passageiro



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Era uma vez um excelente blog, chamado Guarda-Factos. Arriscar-me-ia a dizer que talvez fosse um dos melhores da Blogos, quer no conteúdo quer na estética de um dos mais felizes templates.

Isto há mais de três anos. Depois, os posts do GF foram-se tornando cada vez mais esparsos e agora dois dos seus autores resolveram abrir o Fio Passageiro. A Prima e o JoãoG (como é evidente, estas cores não são fruto do acaso) são desde já uma garantia de que o Fio Passageiro só pode vir a ser um local de muito gozo e muito sumo. Quem anda na Blogos há uns tempos sabe que o que digo só pode ser verdade.

Um warm welcome e votos de sucesso para a Prima e para o JoãoG.


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Hole Horror


[2158]

A JCD tem um excelente blog. Aparentemente terei sido um dos primeiros, a par com o Quase em português a dar com ela e a isso a J. faz referência neste post, mostrando-se surpreendida.

Sem cair no elogio fácil, diria apenas que muito dificilmente um blog com a qualidade e a sensibilidade do HH passaria despercebido.

"...Nada é obrigatório, mas é uma teia que se vai tecendo e uma das coisas que mais gosto no blogue é o facto de ser meu e de depender unicamente da minha vontade e inspiração..."

Devo dizer que gosto particularmente dos posts encabeçados pela caneta Mont Blanc!

Entretanto passaram catorze meses. Parabéns pelos doze e daqui a dez meses celebraremos os vinte e quatro.



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É hoje



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Acordar cedo tem destas coisas. Dá para o meio prazer de um café como este (huummmm!) e para o martírio de não poder ter o outro meio, porque deixei de fumar há dois anos. Alguém me diga como é que é possível tomar um café destes pela manhã e não rematar com 1 mg de nicotina e as tais 345.657.893 substâncias cancerígenas. Eu sei que agora cheiro melhor, pedalo melhor a bicicleta, ando melhor, a comida sabe-me melhor, é tudo melhor, mas por que diabo temos de ter as coronárias direitinhas como um pipo de bicicleta? Não podíamos muito bem tê-las encarquilhadó-nicotinizadas e fazer tudo bem à mesma?

Coisas de médico. Fico à espera de um dos magníficos e esclarecedores posts da Cristina. Vai-se a ver e é tudo invenção dos cardiologistas que acham que isto só vai com um plumbing job para que… a comida nos saiba! Enquanto o post sai e não sai, NÃO fumo um cigarro (repare-se que até do ponto de vista retórico ficava muito melhor "enquanto o post sai e não sai, FUMO um cigarro") e acato o veredicto de ou fumo e volto ao escovilhão ou não fumo e…pois, a tal cena de que é tudo melhor.

Ah, mas o que me veio à cabeça é que é hoje que vou dar um certa ordem ao blog. Há links a fazer há links a retirar (são cada vez mais as baixas…) e há outras referências. Mãos à obra, que o café está a arrefecer e o cigarro… gaita, não deita fumo nenhum!
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sexta-feira, novembro 23, 2007

Relax (don't do it) e Juke box 50


Clicar na foto e...relax

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O descanso é a justiça divina. Deixo aqui uma sugestão a todos os meus confrades e vizinhos, para este fim de semana. Ter ou não ter esquilos em casa é que pode condicionar a coisa.

E se não tiver esquilos, como é que faço? Perguntarão aqueles que compram tudo feito. Pois, se não tiverem esquilos, inventem. Para aqueles que têm a fortuna de não fazer perguntas estúpidas, aqui fica a ideia. Se a massagem não chegar, é carregar aqui. E, já agora, aqui. Boa música nunca fez mal a ninguém.

Bom fim de semana para todos.

P.S.
Estou desolado. A foto original é animada. A "Teca" faz uma óptima massagem ao "Teco". Aqui no blog, é isto. Sai estático... fica a intenção.

P.S II
- A Lurdes salvou a honra do convento. Afinal, clicando na foto a massagem aparece. Isto é assim mesmo, uma pessoa quando não sabe... comer, até os dentes atrapalham. Obrigado.
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Mentiras



[2155]

"...O candidato a secretário-geral do PS José Sócrates acusa o Governo de promover o "maior ataque fiscal à classe média portuguesa" através da sua política económica e prometeu que vai combater as medidas anunciadas pelo ministro das Finanças..."

"...Para José Sócrates, Bagão Félix "confirmou esta semana que a política económica dos últimos dois anos vai ser paga pelos suspeitos do costume: os trabalhadores por contra de outrem, a classe média portuguesa". "Este é o maior ataque fiscal à classe média portuguesa e o PS vai-se opor a estas medidas porque são injustas..."

"...e comentou que a possibilidade de cobrança de portagens nas auto-estradas sem custos para o utilizador (SCUT), como é o caso da A23, que serve a Covilhã, é um erro porque, neste caso, a A23 "não tem um verdadeiro perfil de auto-estrada" e que "não há alternativas..."

Estas pérolas não são de há muito tempo. Tenho pena, por vezes, de não ser jornalista o que me permitiria ter registos e arquivos de tudo isto. Vale-nos gente como a Helena Matos que sopram o pó de velharias não tão velhas assim e nos recordam estas maravilhas.

Sócrates não é um mentiroso, na expressão puramente semântica do termo. Sócrates é um mentirososito que não fez mais do que aplicar aquilo que aprendeu nas cartilhas de um partido que nasceu do pregão de ideologias populistas e de uma doutrina marxista e que pouco a pouco foi emprateleirando os pregões e as doutrinas, se quis ser poder. O problema é que emprateleirada a utopia não resta muito mais que extrair destes profissionais da política, mesmo quando no pleno uso das suas prerrogativas partidárias conseguem licenciaturas através de cartões de visita.

Sócrates é um exemplo acabado deste tipo de gente. Arguto e impreparado, seguiu os trilhos das jotas e anda agora deslumbrado com viagens e gentes em tudo diferentes das boas gentes beirãs e transmontanas. Para lá chegar, berrou enormidades como as que aparecem lá em cima, enganando tudo e todos. Até ele próprio. A mentira das SCUT, então, é insuportável, talvez porque lembre mais o fatídico Guterrismo.

Quiçá um dia as pessoas percebam melhor o logro de um partido como o PS. Até agora, porém, têm vindo a ser ludibriadas, há cerca de três décadas. O que me faz pensar que muito provavelmente, temos os mentirosos que merecemos.
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A Esmeralda ao pai


[2154]

É impossível não emitir uma opinião curta sobre o caso Esmeralda.

Tenho para mim que o alarido da legião de pedopsiquiatras que se agarraram a Esmeralda como uma via segura para o protagonismo e, ainda, porque fazem, eles próprios, parte da sociedade que estamos laboriosamente a criar para os nossos filhos e netos, esse alarido, dizia eu, só servirá para agravar a situação da pequenita. A juntar a esta acção irresponsável por parte de quem andou a queimar pestanas para aprender psicologia está ainda a atitude criminosa de um casal, a que se convencionou chamar de pais afectivos sem que eu perceba bem o que é isto de pais afectivos. Tanto quanto julgo saber, e desmintam-me se for caso disso, os factos são:

1 – Uma mulher teve uma filha e achou que não tinha condições para a criar. O pai biológico não acreditou ser ele próprio o pai dado que, aparentemente, a mãe tinha um relacionamento errático com vários homens. A mãe acaba, então, por entregar o bebé a um casal, ao arrepio de quaisquer trâmites legais e em condições que não conheço em detalhe;
2 - Mais tarde, tinha a criança ainda e apenas um ano e tal, o pai é confrontado com o facto cientificamente provado de ser seu pai. Em conformidade, prestou-se de imediato a assumir a sua paternidade;
3 - Entretanto, o tal casal que recebera a criança por via dos caminhos ínvios da nossa justiça, desleixo e habitual irresponsabilidade, nega-se a entregar a criança ao pai. Quando o tribunal julga o caso e ordena a entrega da menina ao pai legítimo e natural, o casal sequestra-a e esconde-a;
4 – A polícia, os tribunais, as autoridades em geral não encontram a menina, embora pareça que toda a gente soubesse onde ela estava, chegando mesmo a pernoitar no quartel onde o sequestrador é sargento;
5 – Entretanto, e sem que se ouvisse ou sentisse a voz dos pedopsiquiatras, o pai continuava a tentar por todos os meios trazer a filha ao seio da sua família. O sargento é preso, o folclore de rua adensa-se, os pedopsiquiatras agitam-se nas cadeiras, o espectáculo de feira acentua-se. O sargento é libertado.
6 – A criança hoje tem 6 anos e, naturalmente, nesta fase tem laços de afecto ao casal de sequestradores. Retirá-la de casa para a entregar ao pai será duro, mas, do meu ponto de vista, inevitável e urgente. Porque.

- Quanto mais tempo passar mais a criança sofrerá;
- As equipas de pedopsiquiatras que se afobam em emitir estendais de opiniões sobre os perigos que impendem sobre a criança deveriam, sim, perceber que muitos desses perigos foram criados pelos sequestradores que, ao que parece, continuam a actuar no desrespeito total pelo bem estar da criança, virando-a contra o pai, produzindo afirmações públicas que denunciam isso mesmo e eximindo-se à responsabilidade de contribuírem para uma transferência pacífica de um ambiente familiar para outro. Cheguei mesmo a ouvir o sargento Lagarto dizer a uma televisão “eu cá não digo nada à criança, não tenho nada que dizer, obedeço ao tribunal e mais nada”.

- Tudo indica que a decisão do tribunal não tenha sido apenas cega e atida à crueldade possível da jurisprudência aplicável.

Entretanto, como seria bom que toda a gente se calasse! Jornalistas, comentaristas, técnicos, pedopsiquiatras, assistentes sociais, juristas e correlativos. Incluindo eu próprio que acabei por fazer o mesmo que toda a gente – emitir opinião sobre um caso tão delicado como este e para o qual, naturalmente, não tenho certezas absolutas.

Talvez que o lado positivo de tudo isto seja pensar que a criança, um dia mulher, poderá vir a ter oportunidade de ler tudo o que se tem escrito sobre ela. Eu, se fosse o pai, guardaria cada linha escrita sobre o assunto. A Esmeralda terá, assim, matéria preciosa para perceber as pessoas. E, quem sabe, agradecer em recolhimento a decisão que um tribunal tomou, tinha ela seis anos…
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Campeonato está no papo



[2153]

Tem a particularidade de ser dual (leia-se ser bonito e saber jogar futebol) e é um grande exemplo para a juventude. Quem o diz é Fátima Lopes que acabou de contratar o pony-tail de Miguel Veloso para modelo de algumas das suas criações.

O meu clube está garantido. Com jogadores duais e outros não tão tais, que isto de ser bonito não é para todos, o campeonato está no papo. Pelo menos o da segunda circular.

P.S. A propósito de gente bonita, foi-se embora da minha empresa a uma cara laroca que vai fazer falta. Poder-se-ia dizer, mesmo, ser muito mais dual que o Miguel Veloso. E, claro, muito mais bonita. A P. tem aquele fácies namoradinha de toda a gente e daqui a vinte anos há-de ter a mesma cara jovem que tem hoje. E tem aquela voz que Deus de vez em quando se lembra de conceder às Evas do nosso contentamento – vozes que desarmam, seja a pedir para passar o sal, seja a pedir (ou a ordenar) seja o que for e é a mulher que eu conheço com a caligrafia mais miudinha que se pode imaginar. Não sei o que os grafólogos dizem das mulheres de letra pequenina, mas até isso lhe ficava bem.

Vai-se embora e a empresa fica mais pobre em matéria de caras bonitas. Bem feito para não pensarmos que os diamantes são eternos. Boa sorte, P.
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quinta-feira, novembro 22, 2007

Disfunção. Só pode...


[2152]

E depois de andar quase uma semana a sonhar com um computador matinal que me permitisse o regresso à rotina, eis que me sento à frente duma peça novinha em folha e vejo baldados os meus esforços de produzir coisa que se veja. À alacridade do regresso correspondeu uma insuportável abulia.

Vou-me embora, vou trabalhar, antes que o computador me mire de soslaio e diga: - Tu já não gostas de mim…
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quarta-feira, novembro 21, 2007

Post dedicado a alguém que hoje faz anos


An yellow primrose for a Primrose suburb resident

[2151]


"... What that english poet meant was that for that man such yellow flower was and ordinary experience, or anything already known. Yet, this is exactly what is not correct. Anything that we see should be seen as if it was the very first time, because in fact it is the first time we actually see it. Therefore each and every yellow flower is a new flower, even if it is the same as we saw yesterday. We are no longer the same and nor is the flower. Even the very yellow may not be the same. It is a pity that we do not have the right eyes to see it, for we would then be all happy...!


Álvaro de Campos, referring to his master Alberto Caeiro, both heteronyms of Fernando Pessoa. Fernando Pessoa died some seventy one years ago and was one of the greatest names of the portuguese modern literature. Incidentally, he also lived in Durban for a number of years. Above translation is my own, so it may have lost some sense or beauty. It should nevertheless be enough for you to catch the point.


Happy birthday, my dear. Now that you entered the magic "teens"!

Love you.
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Quem se mete com eles, leva

[2150]

Lá como cá, a máxima vence. Uma deputada do partido de Chávez não gostou de um livro que um jornalista escreveu. Vai daí, irrompe pelo estúdio da televisão e manda uns tabefes num jornalista.

Vejam aqui a notícia
com mais pormenor e para verem o vídeo é só clicarem em cima dele.

Mas por cá é tudo mais manso. Em período de florilégios ao camarada Chávez, fiquei a saber que há um senhor chamado Diogo que resolveu ir ontem a Figo Maduro esperar por Chávez. Interrogado sobre as razões que o levavam àquela mini-manifestação, o senhor Diogo, com o manejo de verbo típico das gentes lusitanas, disse que dantes havia milhares de venezuelanos nos montes que não iam ao dentista nem sabiam ler.

E agora
? perguntou a jornalista.

Agora, disse o senhor Diogo... pois. Parece que o senhor Diogo nunca tinha ido à Venezuela. Mas foi, pelo menos, a Figo Maduro. Já é a terminação.

Há alturas em que apetece ir de férias. Longas. Sobretudo porque não se trata apenas de senhores Diogos. Mário Soares, por exemplo, anda excitadíssimo com o seu novo amigo. Ainda lhe dá uma coisa...

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Black power



[2149]

Num arremedo multiculturalista, multiétnico e, sobretudo, permeável à competência do vendedor, comprei um computador novo. Preto. Todo preto. Torre, teclado, rato especial de corrida e o monitor já era preto.

Fico agora a aguardar os resultados e à espera que o novo membro da família acrescente algo de novo à moldura estética do meu canto. Pensando melhor, não vejo bem como e, à partida, já me irrita ter sido convencido a comprar uma coisa preta lá para casa, sobretudo se essa coisa sempre foi branca e se a minha casa é toda para o branco e claros. Mas tenho de concordar que o computador vai bem com um cinzeiro de pau preto horroroso que eu tenho escondido a um canto, daqueles de pé em três peças retorcidas e que nenhum africanista que se preze não tem. E escondido porque não gosto da chamada arte indígena. Nunca gostei. Excepção feita a algumas peças da arte maconde e das aldeias macuas. No mais, sempre achei que a arte africana é algo monocórdica e mesmo quando artistas mais recentes resolveram juntar uma componente ideológica à coisa, como Malangatana, as peças mudaram de nota mas mantiveram o tom. Mas isto digo eu que não percebo nada de arte africana.

De qualquer maneira, o computador preto vai ter entrada triunfal esta noite lá em casa. Vou, finalmente, poder voltar a ler a intriga blogoesférica sem estar a roubar tempo ao meu patrão. E deixarei também de ter desculpa para escrever posts idiotas, como este. Curioso é que durante este período em que postei em regime de recurso, os comentários mais que quadruplicaram. Ou é piedade ou a onda é esta. Vou pensar melhor no assunto.


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Epifanias masturbatórias das madrugadas frias do Outono lusitano



[2148]

Daqui em diante, os problemas da Casa Pia serão tratados sem transigência, sem complacência e com tolerância zero, disse o nosso preclaro ministro Vieira da Silva esta manhã, no Bom Dia Portugal, da RTP.

Fiquei na dúvida se até aqui os problemas da Casa Pia vinham a ser tratados de forma complacente, transigente e com margem de tolerância ou se Vieira da Silva teve apenas uma epifania matinal (acontece ao mais pintado...) e achou que hoje deveria dizer o que disse, para o que afivelou aquela expressão à la PS, misto de quem se mete com o PS leva e confiem em nós que somos a vossa salvação.

É evidente que a partir de hoje, e no que refere à Casa Pia, estou muito mais reconfortado. Sobretudo, muito mais descansado.

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terça-feira, novembro 20, 2007

Invernias



[2147]


Uma vez, estava eu numa sessão da tarde de cinema que, para quem não saiba, é quando eu gosto de ir ao cinema, de tarde e em dias de semana, levantei-me afogueado de calor e perguntei a um dos jovens arrumadores da sala porque é que o ar condicionado estava desligado. A resposta veio célere e carregada da lógica da minha terra e de espanto pelo facto de ser possível fazer-se perguntas estúpidas. Primeiro, porque estava a chover lá fora e segundo porque só estávamos cinco pessoas na sala.

São momentos destes, tesourinhos da nossa idiossincrasia, roubando o termo aos Gatos, que contribuem para estados perigosamente perto da apoplexia ou, numa versão mais branda, para o arrebentamento da úlcera do duodeno. É, sobretudo a lógica da coisa que faz com que iniciemos o processo de descarga biliar, pelo menos os que ainda temos bílis e um neurónio a comandá-la.

Hoje fui às Amoreiras. Assunto de somenos levou-me àquele centro comercial à hora do almoço. Chovia razoavelmente, como chove desde ontem, thank god que até me andava a envergonhar de ver a Euronews, tudo a bater o dente pela Europa fora e nós em mangas de camisa e a apagar fogos no Portugal profundo. Mas a temperatura ronda os 20 graus. Mesmo que o não tivessem dito de manhã, sentia-se que a temperatura devia andar por aí.

Entro no parque e, em passo estugado, dirijo-me ao elevador, onde apanho o primeiro choque. Três senhoras abafadas em roupas quentes e escuras dão uma corridinha (aquele tipo de corridinhas que só as mulheres sabem dar, tirando a Vanessa Fernandes e assim...) e pedem-me para segurar a porta. Segurei. Entram. Suspiram e uma diz com ar pungente: Aiiiiii que frio!

Do elevador saltei para o interior do centro comercial. Quase toda gente, eu seja ceguinho, de botas altas, roupa apropriada aos Himalaias e expressão dorida do Inverno horroroso que já aí está. Chove desde ontem e parece que estamos debaixo de chuva há um mês. Não faltou mesmo uma idosa (gosto deste termo, uma idosa...) a dizer para uma filha, "que horror, tem feito um tempo horroroso".

Sentei-me no Portugália para almoçar. Tirei de imediato o casaco e arregacei os punhos que é uma mania que eu tenho desde que uso gravata e faço sempre que almoço sozinho ou com alguém com quem não faça cerimónia. Nas mesas contíguas, as pessoas renasciam com o aquecimento do centro, esfregavam as mãos e lançavam os olhos ao alto naquilo que me pareceu uma manifestação de reconhecimento ao Altissimo, que nos concedeu a graça do calorzinho dos (seguramente) 30 graus de sauna que nos proporcionaram.


Não resisti em perguntar a uma das empregadas por que carga de água é que o aquecimento estava tão forte. Está a chover lá fora, não viu?

Eu vi. Tinha visto. Percebido é que nem por isso. Mas vou-me habituando, que há coisas nesta paróquia que nem os priores percebem. Um ou outro paroquiano percebe e reage. Mas esse é, frequentemente, esconjurado, arrenegado e remetido para as profundezas do mafarrico. Não tem nada que perceber coisa nenhuma. E, neste caso particular, está a chover lá fora, aquece-se o centro. E mainada.

Só falta dizer que o bifinho estava razoável, o molhinho com aquele travo da mostardinha estava bom e as batatinhas é que já estavam morninhas. E eu que gosto delas quentinhas...
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segunda-feira, novembro 19, 2007

Mas qual é a dúvida?


[2146]





Mas qual é a dúvida ou a dificuldade? Basta atravessar a ponte Vasco da Gama. Afinal o deserto do Jamé não é logo ali ao virar de Alcochete?


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Out of order

[2145]

Por motivos absolutamente alheios à minha vontade tenho andado arredado da blogosfera desde quinta-feira passada. Com sorte, terei o problema do computador resolvido até quarta-feira, leia-se unidade nova que a mazela do outro foi severa e a idade não perdoa.

A título de curiosidade, know all men que a avaria do computador se deveu a uma avaria grossa que tive em casa e que danificou seriamente diverso equipamento eléctrico. Um dijuntor queima-se, passam cerca de 500 volts de corrente, as lâmpadas brilham que nem sóis de outros sistemas e o resultado constabilizou-se por um DVD queimado, um telefone sem fios idem idem e o computador que ainda se arrastou, trôpego, mas que acabou por soçobrar, "voltado" pela intensidade do golpe. Os quatro condóminos tiveram prejuízos vários, eu terei sido o menos atingido. Perante uma reclamação feita à EDP, foi-nos dito que a EDP não era responsável, que a culpa era do construtor... como li há dias que os familiares da vítimas do acidente da TAP na Madeira levaram trinta anos a ser indemnizados, achei que pouparia tempo e dinheiro não me metendo com a justiça portuguesa, pois já deu para perceber que a justiça portuguesa é como o PS - quem se mete com ela, leva. E não me apetece levar.

Nem blogues tenho lido. Continuarei assim em banho-maria. Mas ando com um bichinho danado...

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quinta-feira, novembro 15, 2007

Marcar o ponto

[2144]


Era o que faltava, acontecer-me como ao José Rodrigues dos Santos. Não marcar o ponto e ainda vir a ser despedido da Blogoesfera por causa disso.

Assim, sem tempo durante o dia nem computador de manhã cedo, não há milagres para ninguém. Limito-me a marcar o ponto. A alternativa era escrever meia dúzia de coisas a esmo mas depois cai-me a Carlota em cima (pura figura de retórica) a dizer que os meus posts andam uma balda e que o melhor é eu comprar um computador novo, escrever de manhã e deixar de dizer baboseiras durante o dia.

Fica, assim, o ponto marcado. Melhores dias (posts) virão.

P.S. Este post era para sair ontem, só saiu hoje, 16/11, Sexta. Tradução: este blog anda uma completa bagunça. Prometeram-me que hoje à noite já teria computador em casa. Espero, então, poder regressar à rotina.

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quarta-feira, novembro 14, 2007

Condensadores opados



[2143]

Ele” continua doente. O arrufo foi para além do esperado e a coisa parece estar a tornar-se numa lamentável depressão. Falei com o "médico" e ele disse-me que havia uns tantos neurónios cansados, o que logrei, mais tarde, traduzir por “condensadores opados”. Não sei bem o que é isto de condensadores opados mas seguindo a simples linha semântica penso que alguns condensadores – e juro por estes que a terra há-de comer, se eu sabia que um computador tinha condensadores, pensei que era coisa de carros, televisores e assim... - estão inchados, gordos, ovalizados, apopléticos, diria eu, com tanta barbaridade quie lhes tem passado pelas barbas.

O médico diz que ele está triste. Aparentemente a situação agravou-se por que “ele” desconfia que eu ando a variar por outros teclados (a fidelidade como eterna pulsão da felicidade...). Disse ao “médico” para o sossegar explicando-lhe que ando por outro teclado, é verdade, mas que isso não tem qualquer significado para mim. É que há compromissos intestinos que temos alguma dificuldade em gerir se não aparecer um “qwerty” pela frente (descobri agora como é fácil escrever qwerty, é só fazer carreirinha!). Daí que eu tenha vindo a garatujar qualquer coisa por teclado alheio. Mas de forma esparsa e desligada. E também lhe pedi para o avisar de que se deixe de mariquices e se inteire de que se a porcaria dos condensadores for muita cara, entrego o “ele” ao destino das coisas sem préstimo e arranjo companhia nova. Estas coisas são assim mesmo. “Ele” morto, “ele” posto. Ó larila, como diria a Laura.

E prontes, aqui fica o meu ponto picado. Gosto mais de escrever em casa. Manhã cedo, antes de vir trabalhar. Até porque acho graça tropeçar na Azulinha. Eu a escrever e ela a botar comentários, só visto. Vamos lá ver se a coisa muda para amanhã. É que isto assim é uma chatice, nem posso dizer mal de alguém. Por falta de tempo para escrever e para consultar os outros blogues...


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Mas poderia, porventura, ser de outra forma?

[2142]

Não questiono o mérito de Arsélio de Almeida Martins na sua eleição para o Prémio Nacional de Professores, instituído pelo Ministério de Educação. No fundo, nem questiono, nem me admiro pelo facto do professor Arsélio ser delegado municipal em Aveiro pelo Bloco de Esquerda, ter sido delegado sindical da Fenprof, ser um activo elemento do Sindicato dos Professores do Norte, tal como me admiro menos ainda pelo júri ser presididio pelo inevitável psiquiatra do regime Daniel Sampaio e por o professor Arsélio se ter distinguido sobretudo pela “luta” que dedica ao sucesso dos seus alunos.

O enquadramento está perfeito, o cenário não podia ser melhor e a pergunta é: - Mas poderia, porventura, ser de maneira diferente?

P.S. Arsélio referiu estar muito satisfeito pelo facto de ter ganho o prémio (€25.000) através de um júri independente do actual governo. Nada de confusões...

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terça-feira, novembro 13, 2007

Trambiqueiros

[2141]

Uma coisa são os lobis, enquadramentos circunstanciais, questões mais ou menos difícieis de negociar, planar e gerir, outra é o trambique. A vigarice pura e simples. E, em cima de tudo isso, uma aflitiva falta de nível e um sufocante despudor em insultar aqueles que ainda vão conseguindo raciocinar minimamente, apesar do descaramento reinante. Por isso, meu caro António de Almeida, estou totalmente consigo nesta matéria. Haja alguém que chame Sócrates à razão e que grite ao inenarrável engenheiro inscrito na Ordem, Mário Lino: - Por qué no te callas? Porque qualquer um percebe o tremendo "rolo" que vem por aí.

Razão tinha Marcelo, há uns meses atrás, quando dizia que o assunto estava mais que decidido e que o Governo ia dedicar-se a uns jogos florais, mas que a Ota estava mais que decidida. E assim parece. Mais milhar de milhões, menos milhar de milhões, parece que vai ser mesmo assim. Com a desvergonha que é deles e com o dinheiro que é nosso.

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A Rua dos Muros descendo à cidade



[2140]

Ou há mesmo uma crise financeira a nível internacional ou o meu portfolio se enriquece de per se nos data base de algumas investment companies. Mas deve ser só o portfolio porque continuo a ter o mesmo (pouco) dinheiro que tinha, não fui promovido, não concluí nenhum super deal como a Airbus fez agora no Dubai, não tenho um pai rico, nem conta no BES. A verdade é que com uma regularidade quase diária estou a receber telefonemas de várias Miss so and so, do Japão, de Londres, dos Emiratos, de Frankfurt e até do Panamá, anunciando-se senior investment officers que se propõem administrar os meus assets segundo um US investment plan que me trará lucros garantidos e gordos ao fim de um certo período de tempo e free da voracidade do regisme fiscal europeu.

Claro que estes telefonemas diários quase me convencem que estou a ser visto como um verdadeiro hotshot da Lusoland, de tal modo que toca o telemóvel e quando eu vejo que a origem das chamadas é estranhíssima, ranging from Panama to The Emirates, como já disse, até já encolho a barriga, ponho o peito para fora e, após um conveniente pigarreio, digo Hi, What can I do for you? Vem a lenga lenga do costume e eu saboreio então o tal hotshot treatment que nos aquece o ego e nos faz feel self confident, wearing a silk tie, a fancy blazer e uma fat wallet (este inglesamento de algumas expressões tem a ver com os dois telefonemas que só esta manhã já recebi).

As chamadas têm sido tantas que eu já me divirto com a coisa. Já me fazem simulações ao telefone de investimentos de 25.000, 50.000 e, até, 100.000 Euros plus. Claro que o tom se altera um pouco quando eu pergunto what about fifteen hundred dollars to start with? A coisa aí abranda um pouco e sabe-me assim a uma espécie de wireless erection que, de repente, faints for no visible reason to a non visible shape.

Às vezes telefonam-me homens, também. Imagine-se! Mas o mundo das finanças deve continuar cheio de pecadilhos sexistas porque quando o climax se aproxima, entenda-se I finally agree to disclose my e-mail adress to get a suitable and comprehensive portfolio eles dizem-me: - Ok I will put you through now to Miss so and so and she will finalize the details. O resultado é que agora que estou a ficar um expert em ser consultado por investment companies, sempre que recebo uma chamada de um homem, deixo-me de preliminares e peço logo: - Listen, thank you very much for calling. Can you put me through your portfolio officer? Singelo contra dobrado que me sai logo o gineceu na rifa.

Pronto já fiz o post da terça. Esparso e desligado como avisei. Porque “ele” continua out of order. E há por aí tanto por onde pegar... imagine-se que o ministro do jamé agora anda a organizar um conciliábulo (esta ouvi hoje algures no carro, depois de ouvir um senhor psicólogo a informar que era preciso vivenciar a situação – chiça, antes os investment officers...) para, pouco a pouco, se ir convencendo o rebanho de que o estudo de Alcochete foi mal feito. Caso para dizer, Ota escondida com Alcochete de fora. Mas já me vai faltando a paciência para este patuscos. Mesmo que engenheiros inscritos na Ordem...
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segunda-feira, novembro 12, 2007

"Ele" pifou



[2139]

Estou sem computador em casa. Cá para mim, aquilo pifou. Pifar, pifar, que as coisas quando pifam, pifam, não há volta a dar.

Mas isso é com as coisas. Com os computadores é tudo completamente diferente. Assim, entre duas chávenas de café num grupo de gente amiga (e totalmente inocente no pifanço, digo eu) tive a triste e infeliz ideia de dizer isso mesmo. Acho que não disse pifou. Terei dito qualquer coisa entre o foi à vida que me saiu em expressão oral e o tracinho se que a azulinha me ensinou e que pensei mas não disse, porque estava presente uma senhora de idade respeitável e cheia de pulseiras. E infeliz porque, adivinhem, na roda de amigos, estava lá um informático. E pior que o frémito de um informático quando se fala em computadores, só uma égua a mirar o galope de um cavalo, um piloto quando se fala em cúmulo-nimbos ou um pescador quando se fala no tamanho do olho do último peixe que se pescou.

É evidente que fui alvo do olhar de reprovação de todos quantos acham que um computador não pifa. "Ele", o computador, tem sempre razão, disseram-ne, ele pensa, ele age, amua e reage. Ele castiga os ignorantes e todos aqueles que acusam um lamentável défice de manejo das suas portencialidades. O que só poderia ser o meu caso. Descritos os sintomas, aquilo só poderia ser o on-off que deveria ter a mola pasmada e isso ia afectar o ribut (não sei bem o que é, mas não dei parte fraco, que eu nestas coisas sei disfarçar muito bem). Portanto, quando eu ligava o computador o disco não arrancava nem ributava. Não arrancando, ele (acho graça que os informáticos nunca dizem o computador, dizem sempre ele) não pensa, não pensando ele não vai buscar o servidor. O servidor, deduzi depois, é uma coisa que se chama Sapo e me custa €35 por mês e me permite escrever uns posts de vez em quando. Não indo ao servidor, ele não arranca (reparaste se quando ligas, se acende a luz vermelha e a verde? Ou só acende a vermelha? Eu disse que sim que reparei, mas não me lembrava bem se reparei se acendiam as duas, se acendia a vermelha, se acendia a verde, se não acendia nenhuma). Aí disseram-me que então não reparei coisa nenhuma pelo que se estabeleceu ali uma missão de rescue do pobre computador para se resolver o problema. Eu ainda resisti, mas acabei por anuír (mais tarde arependi-me por ter usado o anuír em ves do não ir, que tinha feito melhor figura).

Vou passar por cima das duas hora seguintes porque são duas horas sem história. Termos ininteligíveis, olhares clínicos, murmúrios, expressões cúmplices (o técnico e ele) e dois palavrões compuseram essas duas horas durante as quais mais peças iam ficando separadas do todo. Por fim, uma expressão desolada rematou a odisseia e é-me dito que a questão devia ser outra, que o melhor era levar o computador porque lá em casa tinha banca e mais meios.

Eu já sabia que ia ser assim. Eu ja sabia que ia gastar duas horas da minha vida a olhar para um homem a olhar para um computador (gosto particularmente daquelas partes em que os técnicos ficam a olhar fixamente durante longos minutos para o mecanismo, estáticos, absolutamente imóveis, olham, olham, olham, nada acontece e eles olham, olham, olham e eu não pergunto nada com medo de estragar o efeito ou interromper alguma coisa e quando eles, quase imperceptivelmente piscam as pálpebras e eu penso que eles vão dizer qualquer coisa... eles olham, olham, olham, olham...e gosto também da parte em que eles falam com os computadores) e a experiência já me ensinou que nestas coisas o melhor é levar o computador directamente a um técnico e poupar duas horas estupidificantes.

E todo este trabalho para dizer que estou sem computador em casa e por mor de tal contrariedade os meus posts serão mais esparsos e mais desligados pois se quiser escrever terá de ser daqui do escritório. E não é para isso que me pagam. Entretanto o técnico há-de se entender com o computador e tudo voltará a rotina do costume.
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Por qué no te callas?

[2138]

Ver
aqui o vídeo em que o rei de Espanha manda calar Hugo Chávez e, pouco depois, se retira da sala.

A esquerda é, frequentemente, malcriada mas não é parva. Por isso sabe que a exposição mediática colhe. Mesmo que por maus motivos. E se um idiota embriagado de poder e de raivas ancestrais consegue fazer convergir sobre si os holofotes da fama sendo mandado calar por um rei (ver o vídeo), a esquerda não perde a oportunidade de se manifestar e colher os dividendos que lhe caem do céu. Por um lado surge o enxame de comentadores do costume a dizer disparates, os mais diversos, na boleia dos blogues chamados de referência. Por outro, manifestam-se os intelectuais encartados, mesmo quando demonstram não saber nada de reis, de monarquias e de democracias, como Daniel Oliveira demonstra quando mistura tudo e diz que Juan Carlos não foi eleito e Chávez foi.

Mas DO sabe da fundamental dissemelhança entre uma democracia, onde livremente podemos até escolher se queremos ou não um regime monárquico e uma república de bananas onde qualquer badameco malcriado e pesporrente se conseque arvorar em presidente eleito. Vitalício, como parece vir a ser, em breve, o caso venezuelano. Mesmo assim, DO não hesita em produzir posts em série a propósito do episódio, tergiversando o tema (ver o post dobre a capa do "Jueves") e adulterando aquilo que verdadeiramente está em causa: - Educação, respeito, tolerância e espírito de diálogo.

Daniel, por qué no te callas?
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sábado, novembro 10, 2007

Tear down this wall...



As pessoas, vocábulo hipocritamente adoptado como bandeira dos socialistas.



[2137]


A minha celebração, já que andam tantas por aí…

…”there are a few things that the Soviet Union did nit count on – the free world that has achieved a level of prosperity and well being unprecedently in all human history. In the communist world, we see failure, technological backwardness, declining standards of health, even of most basic kind, too little food, even today the Soviet Union cannot feed itself… Freedom leads the prosperity. Freedom is victory…”

(Ronald Reagan, Junho de 1987)

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Universidades






UCT (Cape Town)

[2136]

Transcrevo a seguir um notável texto de Miguel Castelo Branco, do Combustões:

"A convite do Vice-Reitor de uma grande universidade longe da capital, passei dois dias no campus dessa quase cidade inteiramente povoada por jovens. Trinta mil estudantes, dois mil assistentes e catedráticos, mais funcionários administrativos, tecnólogos, arquivistas, bibliotecários, médicos, enfermeiros, psicólogos, animadores culturais e desportivos, burocratas, pessoal auxiliar, jardineiros e guardas enxameiam as amplas artérias de um complexo de edifícios administrativos, moradias, anfiteatros, ginásios, piscinas, refeitórios, centros documentais, lojas e parques primorosamente limpos, pintados e arejados. É, na acepção literal, uma verdadeira Cidade Universitária. Nada que se compare às nossas universidades exíguas, malcheirosas, apodrecidas, grafitadas e decadentes. Nada que se compare à arrogante frieza, aos tiques e manias de falsa grandeza e falsa importância que se respira em Lisboa, no Porto, Coimbra e Évora. Tive autorização para me deslocar sem cicerones, entrar onde quisesse, visitar laboratórios, salas de aula, dormitórios, apartamentos, instalações sanitárias, bibliotecas e centros de convívio. Ali não vi um só jovem de cervejola na mão, não ouvi berros, palavrões, altercações. Ali nunca entrou o "direito à contestação", o "espírito de Maio de 68", a revolucionarite roncante, o marxismozinho demolidor. Falei com sessenta ou setenta alunos em inglês, francês, espanhol e até português. Encontrei uma boa dúzia de docentes, todos dedicados, quase militantes no exercício das suas tarefas, uns com mestrados e doutoramentos tirados nos EUA, na Grã-Bretanha, em França, Alemanha e China. Encontrei ali bolseiros vindos um pouco de todos os azimutes asiáticos. Oito horas de aulas diárias, prática obrigatória de desporto, aprendizagem obrigatória de uma ou duas línguas europeias, alvorada às seis, recolher às dez e silêncio absoluto a partir da meia noite. Na véspera da despedida, um jantar com meia centena de professores. Brincalhões, risonhos, sem pinta de cervejola, discreteando sobre as suas experiências. No fim do repasto, a habitual repartição dos lugares pelas viaturas disponíveis. Foi a primeira vez na vida que vi professores catedráticos, alguns com vinte ou mais títulos publicados, sentando-se com a maior naturalidade nas traseiras de carrinhas descapotáveis. Esta é a juventude que está a bater aos pontos o Ocidente pateta, obnubilado e encerrado na ilusão da superioridade. Com esta gente vamos morder o pó da derrota".



Unisa (pretoria)

A este notável texto só acrescentaria que na vertente ideológica das nossas universidades, os grupos de pressão e influência, sobretudo do Bloco de Esquerda, que continuam imbecil e alegremente a promover a desobediência civil e outras cadeiras nucleares ao bom desempenho de uma nação moderna como a nossa, não estão sozinhos na sua meritória actividade. Há cumplicidade de uma parte do corpo docente, há uma disseminação generalizada do tal marxismozinho enunciado no texto, a par de um ressabiamento muito mal disfarçado. De tudo isto relevam três grupos de jovens universitários portugueses. Os que não suportam a pressão e vão estudar fora do país, os que não suportam mas não têm meios para sair do país e procuram, assim, acabar os seus estudos à revelia do cais reinante e os que acham que o melhor mesmo é seguir a dinâmica e tornam-se, eles próprios, o futuro do status quo.


Unisa (Pretoria)

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Mais áreas de pastorícia


[2135]

Hoje acordei cedo. O suficiente para ouvir as noticias da televisão nacional, nossa, e perceber que
a nossa área de pastorícia continua a ser alargada, derivado aos fogos (ai que ia a dizer incêndios...) agora no Porto, Braga e Viana de Castelo.

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sexta-feira, novembro 09, 2007

Gente da minha terra III - a pastorícia



Novos espaços para a pastorícia

[2134]

Nunca duvidei da bondade deste governo.

Acabei agora mesmo de ouvir um (acho que…) comandante de bombeiros qualquer que corrigiu uma pergunta do repórter sobre a anormalidade dos incêndios nesta época do ano:

- Incêndios, não. São fogos causados pelas queimadas derivado a criar espaços para a pastorícia.

Já fui beber um copo de água. Já passou!

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