sexta-feira, setembro 21, 2007

Injustiças

[2028]

Isto está complicado. Hoje acordei com dois pensamentos dominantes, qual deles o mais idiota. Um era o de que Mourinho precisou de sete horas para ganhar € 25 milhões. Depois fiz um rápido cálculo mental sobre quanto é me rendem sete horas do meu trabalho. Claro que tive de me levantar a correr para o duche.

Um pouco depois, já a tomar café (aquele café que piorou de impacto desastrosamente desde que deixou de ser seguido por um daqueles Marlboro que apertam as coronárias) a que me mantenho fiel e com o ruído de fundo das notícias, dei por mim a pensar que as notícias são todos os dias as mesmas, iguais e desesperadamente reveladoras de uma forma de estarmos (nós, portugueses) neste mundo numa posição de contra-poder e de uma supostamente atitude de qualquer coisa a que vagamente se poderia chamar esquerda e politicamente correcto, mas que se assemelha mais a um qualquer complexo que eu tenho dificuldade em definir. Nas mais pequenas e aparentemente insignificantes notícias se nota isso. Há uma tonalidade permanente de contra poder ao poder que nós próprios exercemos e que ninguém nos obriga a exercer. Assim ao jeito do ministro que saltou para o Terreiro do Paço, há uns anos, para participar numa manifestação contra ele próprio. Isto é revelador de um fenómeno estranho que eu, certamente não tenho qualificação para discutir. E, como bom exemplo do que digo, se algum dia quisermos analisar a questão, adivinhem quem é que a RTP chamará –o Dr. Daniel Sampaio, pois claro.

O melhor, assim, é não pensar. De preferência deixar de ouvir as notícias e ler, apenas, blogues. Muito mais honestos e com um muito amplo espectro de opinião. E com um muito mais apurado sentido de humor. Ah! E “last but not the least”, escreve-se, normalmente, sem erros de ortografia.

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2 Comments:

At 12:43 da tarde, Blogger Sinapse disse...

Join the club! ... damos-te um crachá e tudo!


;))

 
At 7:32 da tarde, Blogger António de Almeida disse...

-Sejamos justos, nem José Mourinho ganha tal verba em 7 horas, a questão é que ele a ganha numa rescisão por mutuo acordo do contrato de trabalho o qual até tinha termo definido, enquanto nenhum de nós, pelo menos eu, ainda que titular dum contrato de trabalho sem termo em caso de rescisão auferisse tais montantes, no meu caso seria uma questão de menos uns zeros...infelizmente à direita. Cumprimentos!

 

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